Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação do aluguel desacelera a 3,23%

JF PIMENTA

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no re­ajuste de contratos de aluguel no país, subiu 3,23% em outubro, após alta de 4,34% em setembro, informou nesta quinta-feira, 29 de outubro, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas do mercado, de 3,09%, mas den­tro do intervalo de 2,43% a 3,73%.

Com o resultado, o IGP-M acumula inflação de 18,10% em 2020 e de 20,93% nos doze meses encerrados em outubro. Nesta base, é a maior taxa desde setembro de 2003, quando o índi­ce somava alta de 21,42%. O alívio no IGP-M foi puxado pelo arrefe­cimento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que subiu 4,15% em outubro, depois de avançar 5,92% em setembro.

A desaceleração foi senti­da tanto nos preços ao produ­tor agropecuário (9,41% para 8,44%), quanto nos preços in­dustriais (4,62% para 2,48%). O IPA-M acumula alta de 25,13% em 2020 e de 29,14% em 12 meses. Na outra ponta, houve aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), de 0,64% em setembro para 0,77% este mês. O indicador acumula alta de 2,82% no ano e de 3,88% em doze meses.

O Índice Nacional de Cus­tos da Construção (INCC-M) acelerou de 1,15% para 1,69% no período, conforme divulgado pela FGV na terça-feira, dia 27. O ín­dice acumula inflação de 6,34% em 2020 e de 6,64% nos doze meses encerrados em outubro.

IPC-M
O Índice de Preços ao Con­sumidor (IPC-M) acumula variação positiva de 2,82% em 2020 e de 3,88% nos doze meses encerrados em outubro, segun­do a FGV. Cinco das oito classes de despesas do índice registra­ram variação positiva maior do que no mês passado.

A maior contribuição veio do grupo educação, leitura e recreação (1,73% para 3,10%), sob influência dos preços de passagem aérea, que subiu 34,21% em outubro após alta de 23,74% em setembro. Tam­bém houve aceleração em ali­mentação (1,30% para 1,90%), puxado por hortaliças e legu­mes (-3,10% para 2,65%).

Alta também foi constatada em saúde e cuidados pessoais (-0,52% para 0,04%), com desta­que para plano e seguro de saú­de (-2,40% para 0,00%). Outro grupo a acelerar foi vestuário, puxado por roupas (-0,64% para 0,37%), além do grupo comu­nicação (0,03% para 0,08%), in­fluenciado por tarifa de telefone residencial (0,19% para 1,34%).

Houve desaceleração no grupo transportes (1,07% para 0,12%), puxado pelo preço da gasolina (3,36% para -0,34%). O grupo habitação também teve alta menor em outubro (0,50% para 0,32%), onde destacou­-se tarifa de eletricidade resi­dencial (0,49% para 0,15%).

O outro grupo a desacelerar neste mês foi despesas diversas (0,28% para 0,12%), com in­fluência de serviços bancários (0,23% para 0,10%). Os itens que mais contribuíram para a alta do IPC-M de outubro foram passagem aérea (23,74% para 34,21%), arroz (11,08% para 14,84%), óleo de soja (23,77% para 22,87%), tomate (16,46% para 11,30%) e automóvel novo (0,29% para 0,70%).

No sentido oposto, as maio­res influências para baixo no indicador vieram de gasolina (3,36% para -0,34%), cebola (-23,36% para -5,18%), manga (-7,52% para -8,86%), mamão papaia (-12,47% para -5,13%) e xampu, condicionador e creme (1,96% para -0,68%).

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