Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação do aluguel desacelera a 1,27%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), referên­cia no reajuste de contratos de aluguel, desacelerou de 3,83% em maio para 1,27% em junho na segunda prévia do mês, segundo informa­ções divulgadas pela Funda­ção Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 18 de junho.

Com isso, o indicador registrou alívio marginal do elevado patamar em doze me­ses, de 36,69% para 36,65%. O IGP-M “cheio” de maio fechou em 4,10%, uma forte aceleração depois de encerrar abril em 1,51%. No ano, com base nos dados finais do mês passado, o indexador do alu­guel alcança 14,39% e avança 37,04% em doze meses, ante 32,02% até abril.

O arrefecimento do IGP­-M foi totalmente explicado pelo comportamento do Ín­dice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 4,96% para 1,26%. Os produtos agrope­cuários registraram defla­ção de 0,66%, após alta de 5,30%, enquanto o aumento dos industriais perdeu for­ça, de 4,83% para 2,02%.

Por estágios de produção, houve desaceleração signi­ficativa de Matérias-Primas Brutas, de 9,53% em maio para 0,28% em junho, com contribuição de minério de ferro (18,30% para 1,25%), milho em grão (9,93% para -4,30%) e soja em grão (3,96% para -3,09%).

Os bens intermediários também tiveram decréscimo, de 2,77% para 2,46%. Os bens finais, por sua vez, tiveram um avanço marginal, de 1,29% para 1,30%. “Com a trégua ofe­recida pelas matérias-primas, o índice ao produtor registrou expressiva desaceleração”, afir­ma André Braz, em nota.

O coordenador dos Ín­dices de Preços da FGV diz ainda que “neste momento, as pressões inflacionárias estão mais concentradas na inflação ao consumidor, que avança sob influência dos aumentos computados para energia e gasolina e, na infla­ção para a construção civil, que avança sob influência dos reajustes registrados no custo da mão de obra”.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou de 0,48% para 0,62%, com acréscimo em quatro de suas classes de despesa. O destaque vai para o grupo Transportes (0,20% para 1,62%), mais im­pactado por gasolina (-0,23% para 3,03%).

Vestuário (0,09% para 0,65%), Habitação (0,96% para 1,05%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,26%) também tiveram acréscimo nas taxas. Em contrapartida, arrefeceram Saúde e Cuidados Pessoais (1,03% para 0,15%), Alimen­tação (0,39% para 0,27%), Co­municação (0,55% para 0,04%) e Educação, Leitura e Recrea­ção (-0,42% para -0,63%).

No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o avanço foi forte, de 1,25% em maio para 2,75% em junho, com contribuição do aumento de salário no setor. O indica­dor de Mão de Obra subiu de 0,06% para 3,70%, enquanto o de Materiais, Equipamento e Serviços arrefeceu de 2,40% para 1,84%.

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