O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,45% em outubro. É a maior taxa para o mês desde 2015, quando fechou o período em 0,82%. O índice ficou abaixo do 0,48% de setembro. O indexador foi divulgado nesta quarta-feira, 7 de novembro, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O indicador acumula inflação de 3,81% no ano e de 4,56% em 12 meses.
O IPCA acumulado no ano passado foi de 2,95% e ficou 3,34 pontos percentuais abaixo dos 6,29% registrados em 2016. A inflação de 2017 foi a menor desde 1998 (fechou o ano em 1,65%). Os principais responsáveis pela inflação de outubro foram os gastos com transportes e alimentação. Os transportes, por exemplo, tiveram alta de preços de 0,92%, puxada principalmente pelos combustíveis (2,44%).
Foram observados aumentos de preços no etanol (4,52%), óleo diesel (2,45%), gasolina (2,18%) e gás veicular (2,45%). Apesar disso, todos eles tiveram uma inflação mais moderada do que em setembro. Já o grupo alimentação e bebidas apresentou alta de preços de 0,59%, motivada por produtos como o tomate (51,27%), batata-inglesa (13,67%), frango inteiro (1,95%) e carnes (0,57%).
Os demais grupos de despesa tiveram as seguintes taxas em outubro: habitação (0,14%), artigos de residência (0,76%), vestuário (0,33%), saúde e cuidados pessoais (0,27%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,04%) e comunicação (0,02%). Os gastos das famílias brasileiras com alimentação e transportes foram as que mais pesaram na inflação do mês de outubro. Responsáveis por uma fatia de aproximadamente 43% do IPCA, os dois grupos saíram de altas de preços de 0,10% e 1,69%, respectivamente, em setembro, para avanços de 0,59% e 0,92% em outubro.
Os transportes contribuíram com 0,17 ponto percentual para a inflação, enquanto alimentos deram mais 0,15 ponto percentual de contribuição. Somados, os dois grupos foram responsáveis por 70% do IPCA do mês.
“Esses foram os dois grupos que mais impactaram em outubro, respondendo por cerca de dois terços do IPCA”, observou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE.