Tribuna Ribeirão
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Estórias deliciosas coletadas por este cronista:

1. A menininha de três anos vem, toda charmosa exibin­do seu maiô florido e cheio de babados. Encontra a tia-avó: “Que maiô lindo o seu!”
“Obrigada. Mas, não pense que vou emprestar para você”.

2. Na generosa mesa de almoço da casa da bisavó, o tio-avô senta em frente à sobrinha neta de quatro anos, que traz, na cabeça, grandes orelhas de coelho. E comenta em voz alta: “É a primeira vez que almoço perto de uma coe­lhinha tão linda !”. Resposta aflita e imediata: “sou eu tio, a Maria e não uma coelhinha!”.

3. A menina de cinco anos, educada primorosamente pela mãe, desentende-se com a babá, para quem faz má­-criação. À noite, no sossego da casa, a avó chama a meni­na e esclarece: “Você fez feio hoje, ao gritar com a pajem. Isto não se faz. Ela está nos ajudando, é gente como nós, precisa ser tratada com todo carinho e respeito”. “Eu sei vovó. Não sei o que aconteceu. De repente, deu um vento forte e eu endoidei”.

4. Morando no mesmo condomínio dos avós, era comum o neto de seis anos tomar o café da manhã com eles. Gosta­va muito da geleia que era habitual na casa. Certa manhã, lá vem o menino com um pedaço de bolo. “Mamãe fez este bolo gostoso e eu trouxe um pedaço para vocês”. “Pois é, meu neto querido”, diz a avó. “Hoje temos uma reunião importante e vamos sair de casa imediatamente”. “Vó, eu venho tomar café com vocês, trago um pedaço do bolo de aniversário da minha mãe e vocês não têm tempo para mim?”. Um telefonema do avô adiou por uma hora a importante reunião.

5. Depois de instilar soro nas narinas da menina de três anos e meio e lhe dar xarope, a mãe anuncia que ainda será preciso fazer uma nebulização, para cuidar da forte tosse da filha. “Mamãe, posso falar uma coisa?”. “Claro, minha filha”. “Minha vida está piorando muito”.

6. As três sobrinhas, com idade em torno dos cinco anos, conversam sobre a necessidade de colocarem aparelhos dentários. Uma delas já exibe o seu. O tio-avô, ouvindo a conversa, se aproxima do grupo, sendo recebido por um: “Favor não participar. Aqui é lugar de conversa de meninas”.

7. No almoço semanal na casa da bisavó, as meninas estão sentadas no tapete, brincando com suas bonecas. A tia-avó se aproxima e pede: “Posso brincar também?”. “Você trouxe a sua boneca”, pergunta uma delas. “Não”, responde a tia, “mas prometo trazer no próximo almoço”. “Quando você trouxer, você pode brincar conosco. Hoje não.”

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