O Grupo Boca no Trombone estará no Teatro Municipal neste sábado, 8 de fevereiro, a partir das 16 horas, com o espetáculo “O casamento de Dona Baratinha”, o primeiro conto infantil traduzido do português de Portugal para o Brasil. Sua origem é incerta. O registro mais antigo é de 1872, intitulado “Histórias da Carochinha”, manuscrito que se encontra na Torre do Tombo, em Lisboa. Era uma crítica às mulheres solteironas que procuravam conquistar seus pretendentes com suas fortunas.
O texto e a direção são de Antônio Veiga. No elenco estão Vivi Reis, Brunno Brunelli, Nenê Alcântara e Antônio Veiga. Os adereços são de Zilda Alckimin com músicas de Junior Simões, luz e som de Ricardo Beatto e arte de Julia Veiga. A fotografia é de Gesmar Nunes. Falando principalmente de amor e relacionamento, a adaptação teatral da fábula tem uma visão moderna, mas não perde o teor original. Aborda também outros temas, como a solidão, a partilha, o respeito pela personalidade de cada um, respeito ao próximo, contestando também o verdadeiro valor do dinheiro e do amor.
Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia ou para compra antecipada até esta quarta-feira, dia 10) e estão à venda no site www. megabilheteria.com, na loja Banana & Banana da avenida Independência nº 2.366 (telefone 3620-2281), Alto da Boa Vista, Zona Sul, e no guichê do espaço cultural na hora do espetáculo.
O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro. Para compra online há taxa de serviço. O local tem capacidade para receber 515 pessoas – o estacionamento tem 40 vagas. Mais informações pelos telefones (16) 3625-6841. Censura: livre.
Na peça, Dona Baratinha herda de sua tia Baratonilda todos os bens que possui: fazenda, apartamento, vestidos e dinheiro na poupança. Maquiada, com vestido novo e fita no cabelo vai ao programa de televisão “Domingão do Galão”, apresentado por Galão Silva, em busca de um marido.
Bichos de vários cantos do Brasil se candidatam – o burro vem do Nordeste, o cachorro do Rio Grande do Sul, o bode de Minas Gerais, o gato do Rio de Janeiro, o macaco de São Paulo… Mas ela escolhe o ratinho, que é gentil, de fino trato e silencioso. Porém, o noivo foge com a cozinheira que preparou a feijoada que seria servida na festa. Depois de “cair no choro”, a protagonista conclui que teve sorte, porque o rato gostava mais de feijoada do que dela.
Toda essa situação fantasiosa estimula a imaginação das crianças, pois animais personificados assumem os papéis sociais dos homens. Por detrás dessa ingênua fábula infantil existem nuances importantes da natureza e do comportamento humano. O musical valoriza nosso folclore e nossa cultura tradicional, com canções regionais e com a descrição de uma receita tipicamente brasileira: a feijoada.