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Indy Car – Carpenter larga em primeiro; Helinho volta para buscar o tetra

Indy-Capa-David Oppenheimer

A largada das 500 Milhas de Indianápolis será a partir 13h (horário de Brasília, GMT -3) e a será transmitida pela Band

Recorde de quatro vitória pertence a AJ Foyt, Al Unser e Rick Mears

O norte-americano Ed Carpenter largará na pole-position na 102ª Indy 500, será disputada neste domingo (27), no lendário oval de Indianápolis. Simon Pagenaud ficou com a segunda colocação e Will Power em terceiro. Seu companheiro de Penske e atual campeão da categoria Josef Newgarden largará em quarto e Sebastien Bourdais em quinto. No “Card Day”, Tony Kanaan foi o mais rápido entre os todos os competidores.

Dentre os brasileiros, o ribeirão-pretano Helio Castroneves, que retorna à categoria apenas para disputar essa prova após a aposentadoria anunciada no final do ano passado, sairá na oitava posição. Tony Kannan ficou com o décimo lugar e seu compatriota, ambos da AJ Foyt, o jovem gaúcho Matheus Leist, de apenas 19 anos cravou o 11º tempo.

Castroneves já conquistou três vitórias na Indy 500 (2001, 2002 e 2009) e regressa para tentar a proeza do quarto título, marca que apenas três pilotos ao longo da história da competição conseguiram: AJ Foyt, Al Unser e Rick Mears.

O vencedor de 2017, o japonês Takuma Sato, largará da 16ª posição, enquanto Alexander Rossi, vencedor de 2016, foi o segundo mais lento e largará em 32º.

James Hinchcliffe foi um dos dois pilotos que não conseguiu se classificar para a corrida no sábado. Hinchcliffe ainda pode disputar a Indy 500 caso compre a vaga de algum piloto que conseguiu a classificação para a prova. No entanto, esta possibilidade tem poucas chances de prosperar.

Confira o grid de largada da 102ª edição da Indy 500:

1) Ed Carpenter, 2’36.7818

2) Simon Pagenaud, 2’37.3696 3) Will Power, 2’37.4757

4) Josef Newgarden, 2’37.6151

5) Sebastien Bourdais, 2’37.7965

6) Spencer Pigot, 2’37.8208

7) Danica Patrick, 2’37.8326

8) Helio Castroneves, 2’37.9924

9) Scott Dixon, 2’38.4076

10) Tony Kanaan, 2’38.1278

11) Matheus Leist, 2’38.1922

12) Marco Andretti, 2’38.3894

13) Zachary Claman, 2’38.5908

14) Ryan Hunter-Reay, 2’38.7389

15) Charlie Kimball, 2’38.8304

16) Takuma Sato, 2’38.9003

17) Kyle Kaiser, 2’39.0119

18) Robert Wickens, 2’39.0835

19) James Davison, 2’39.1128

20) Max Chilton, 2’39.1430

21) Carlos Muñoz, 2’39.2585

22) Gabby Chaves, 2’39.2874

23) Stefan Wilson, 2’39.3889

24) Sage Karam, 2’39.4171

25) Zach Veach, 2’39.4696

26) Oriol Servià, 2’39.5044

27) J.R. Hildebrand, 2’39.7032

28) Jay Howard, 2’39.7245

29) Ed Jones, 2’39.7433

30) Graham Rahal, 2’39.7679

31) Jack Harvey, 2’39.8193

32) Alexander Rossi, 2’40.0462

33) Conor Daly, 2’40.4073

Foto: Divulgação

Helinho está de volta a Indianápolis, em busca do tão sonhado quarto triunfo

 

Brasucas nos states – Brasileiros se destacam na Indy Car

Piquet bateu feio; Sena testou carro da Penske

Dos vários pilotos que se arriscaram na Fórmula Indy, ou IndyCar (antiga Indy Racing League), ao menos quatro deles triunfaram na categoria, entre eles Emerson Fittipaldi, Helio Castroneves, Gil de Ferran e Tony Kanaan. O tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet também esteve por lá, mas foi vítima de um grave acidente, o que o levou a encerrar a carreira.

O lendário Ayrton Sena também foi sondado por Roger Penske – e não escondeu de ninguém seu desejo de um dia participar da categoria. Em uma de suas folgas na F-1, Sena foi aos Estados Unidos para testar um dos foguetes da escuderia.

Veja os principais pilotos brasileiros que estiveram na categoria norte-americana.

1. Emerson Fittipaldi

Um dos pilotos mais vitoriosos do Brasil, Emerson foi o primeiro campeão nacional de Fórmula 1 em 1972, alcançando o bicampeonato em 1974. Em 1989 ele foi campeão da Fórmula Indy e subiu ao pódio das 500 milhas de Indianápolis duas vezes até 1993. Fonte de grandes alegrias, por outro lado, foi na Indy que Emerson também tomou um susto enorme. Fittipaldi sofreu o pior acidente da sua vida em 1996, quando por pouco não ficou paraplégico. Ao fazer uma curva a quase 400 km/h, Emerson perdeu o controle do carro e bateu contra a mureta de proteção do oval de Michigan. Ao todo, obteve 22 vitórias e 17 pole-positions na Indy.

2. Helio Castroneves

O ribeirão-pretano Helio Castroneves coleciona 22 vitórias e 33 poles positions e jamais tinha terminado abaixo do sexto lugar na classificação numa temporada completa até 2011, quando ficou em décimo primeiro. Descoberto por Emerson Fittipaldi aos 19 anos, quando ainda corria na Fórmula 3, Castroneves estreou na Indy em 1998, e ganhou as 500 milhas de Indianápolis em 2001, 2002 e 2009.

3. Gil de Ferran

Abandonou a faculdade de engenharia para se aventurar no automobilismo. Depois de conquistar o título brasileiro da Fórmula Ford, Gil de Ferran se mudou sozinho para a Inglaterra. Chegou à Indy em 1995 após passar alguns anos correndo em equipes menores, e foi duas vezes campeão pela Penske (2000 e 2001).

4. Tony Kanaan

Brasileiro de origem libanesa, foi o primeiro piloto da IndyCar Series a completar cada volta possível em uma temporada. Liderou 889 voltas em 13 corridas diferentes só em 2004. Foi descoberto aos 16 anos, quando subiu ao pódio numa prova de kart organizada por ninguém menos que o grande Ayrton Senna. O tricampeão mundial de Fórmula 1 também correu com os pilotos convidados, mas acabou chegando em segundo lugar.

5. Raul Boesel

Foi para os Estados Unidos em 1985 para disputar a Fórmula Indy e chamou a atenção por ser o estreante com a volta mais rápida nos treinos das 500 Milhas de Indianápolis. Apesar de não

ter nenhuma vitória no currículo dessa categoria, Boesel subiu 8 vezes ao pódio, dos quais cinco chegou em segundo lugar.

6. Roberto Pupo Moreno

Apelidado de SuperSub, ou “supersubstituto”, por estar sempre disponível para correr no lugar de pilotos lesionados. Moreno correu no lugar de Alex Figge, Ed Carpenter, Mark Blundell, Patrick Carpentier, Stéphan Grégoire e excepcionalmente no lugar de Christian Fittipaldi. O sobrinho de Emerson se envolveu em acidentes graves em três temporadas seguidas (1997, 1998 e 1999).

7. Christian Fittipaldi

Sobrinho de Emerson Fittipaldi, Christian foi várias vezes campeão de kart, foi vice-campeão nas 500 milhas de Indianápolis em 1995 e o foi o único brasileiro a correr em todas as principais categorias do automobilismo mundial: Fórmula 1, NASCAR e Champ Car. Em 2015, Fittipaldi correu algumas provas da NASCAR Winston Cup, chegando a largar na sétima posição na etapa de Michigan.

8. Maurício Gugelmin

Natural de Joinville, Maurício, conhecido no automobilismo como Big Mo, começou a correr de kart quando tinha 8 anos de idade, e venceu seu 1º campeonato na mesma temporada (em 1971). Gugelmin estreou na Indy pela Dick Simon, mas em 1995 passou a correr pela PacWest. Sua melhor temporada foi em 1997, quando conquistou o quarto lugar no campeonato.

Foto: Divulgação

Emerson Fittipaldi comemora vitória em Indianápolis em meio a um milhão de dólares

Ayrton Sena, a bordo de um Penske, conversa com Emerson Fittipaldi

 

Tinha tudo para dar errado

Oval já foi de cascalho e de tijolos

Mais de três milhões de tijolos foram assentados ao longo de 2,5 milhas

Tudo começou na primeira década no século passado, mais precisamente em 1909 quando um grupo de quatro empresários, Fischer, Allison, Newby e Wheeler, decidiram construir um circuito oval em Indianápolis. No mesmo ano a pista estava pronta, mas tinha um grave defeito: o piso fora feito com cascalho de pedras e piche. O objetivo era servir de laboratório para os carros fabricados na época.

A ideia até que funcionou, mas o piso não, dando lugar a 3,2 milhões de tijolos, assentados com cimento em uma obra incrível (ainda hoje, uma faixa de um metro de largura com esse calçamento marca a linha de chegada da pista e é beijada pelos pilotos que vencem lá). A ideia de fazer uma longa corrida como prova de fogo para carros, pneus e pilotos veio logo depois. Ray Harroun foi o primeiro vencedor das 500 milhas de Indianápolis em 1911. Ele era chamado de “Little Professor” por seu trabalho pioneiro na criação de monopostos ou carros de roda para “fora” e abertos.

Ele venceu a prova utilizando retrovisores, o único por sinal, já que na época cada piloto era acompanhado por um mecânico para avisar o piloto se tivesse algum carro se aproximando ou cuidar as laterais para as manobras. E por utilizar retrovisores Harroun conseguiu poupar equipamento/combustível e manter uma média de velocidade razoável parando apenas três vezes no pit, enquanto que seus rivais tiveram que ir ao pit doze vezes.

Com uma média de 74.602mph ou 120km/h a primeira 500 milhas de Indianápolis durou 6h42m8s, hoje a prova dura em media 3h.

Os empresários não imaginavam que a corrida se tornaria o que é hoje muito menos chegar aos 100 anos, em 2011.

A prova não ocorreu entre 1917 e 1918 por conta da 1ª Guerra Mundial e entre 1942 e 1945 por causa da 2ª Guerra Mundial e por isso a prova completa 105 anos neste ano.

A Prova de 500 Milhas é disputada em 200 voltas (cada volta no circuito tem 2.5 milhas), ou seja ao final da prova os pilotos percorrem 805km. Pouca gente se recorda, mas a corrida fez parte do Mundial de Fórmula 1 de 1950 a 1960.

A prova é tradicionalmente realizada sempre no final do mês de maio, na véspera do Memorial Day, o feriado que acontece tradicionalmente na última segunda do mês de maio em homenagem aos soldados que morreram em combate pela forças armadas norte-americana.

O vencedor da prova recebe o Troféu Borg-Warner, que tem esculpidas as faces dos vencedores. Entregue a partir de 1936, Meyer foi o primeiro piloto a receber o troféu após a Companhia Borg-Warne oferecer o troféu.

O vencedor da prova também leva uma bolada de 1 milhão de doláres que pode aumentar a depender dos patrocinadores da região darão de premiação, além de outros fatores como posição de largada e voltas lideradas que aumentam o prêmio do vencedor.

Foto: Divulgação

Um dos templos do automobilismo mundial é reparado por pedreiros

Ayrton Senna Fórmula IndyEmerson Fittipaldi - DivulgaçãoTony Kanaan - DivulgaçãoPista de Tijolos - DivulgaçãoPista de Tijolos - Divulgação

 

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