A indústria paulista gerou 9,5 mil vagas de emprego em abril, informa a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). No acumulado do ano, são 21,5 mil novas vagas criadas. Com os novos postos de trabalho registrados no mês passado, o total de pessoas empregadas teve aumento de 0,45% em relação a março, na conta sem ajuste sazonal. No cálculo com ajuste, houve queda de 0,21%.
Os setores de alimentos e derivados de petróleo e álcool contrataram mais de doze mil novos trabalhadores em abril, que foram as principais influências positivas para o saldo do mês na indústria paulista. “Esses setores, que são influenciados pela sazonalidade da cana de açúcar, geraram contratações abaixo da média dos anos anteriores – que é de 27 mil novas vagas”, avalia José Ricardo Roriz, segundo vice -presidente da Fiesp e do Ciesp.
“ Os demais setores da indústria estão em compasso de espera em razão do baixo desempenho econômico. Como este ano vem apresentando saldos abaixo do esperado, o resultado do emprego no fechamento do ano é preocupante”, completa.m . No acumulado do ano, o saldo segue positivo em 21,5 mil postos.
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 45% apresentaram variações negativas, com cinco contratando, dez demitindo e sete permanecendo estáveis. Os principais destaques ficaram por conta do segmento de produtos alimentícios(geração de 10.497 vagas), coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (2.216) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (620).
No campo negativo ficaram, principalmente, confecção de artigos do vestuário e acessórios (-738); veículos automotores, reboques e carrocerias (-682) e couro e calçados (-505). A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do Estado de São Paulo e em 37 diretorias regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em abril recuou -0,13% na Grande São Paulo (inclusive ABCD), no ABCD (-0,24%) e subiu 0,72% no Interior.
Entre as 37 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 18 que apontaram altas, destaque por conta de Sertãozinho (5,72%), com geração de 1.900 vagas, influenciada por produtos alimentícios (8,88%), e Ribeirão Preto (1,88%), com a criação de 1.300 postos de trabalho, por produtos alimentícios (2,71%) e máquinas e equipamentos (1,56%).
Já das doze negativas, destaque para Guarulhos (-1,56%), com o fechamento de 1.500 vagas, por produtos de borracha e plásticos (-2,63%) e produtos alimentícios (-2,91%) e Sorocaba (-0,69%), baixa de 700 postos, por confecções e artigos do vestuário (-5,99%) e produtos de metal (-2,44%). O saldo de Sertãozinho, de 1.900 vagas, é o melhor em três anos – em abrilde 2016 foi de 3.550.