Dados preliminares da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), revelam que, entre janeiro e novembro de 2021, foram anunciados investimentos de R$ 6,7 bilhões para a indústria paulista. Esse valor é 2,5 vezes maior que o montante de recursos direcionados ao setor em todo o ano de 2020 (R$ 2,5 bilhões).
Entre os fatores que influenciaram positivamente os investimentos destaca-se a expansão da construção civil que aumentou a demanda por insumos como vergalhões de alumínio, produtos de madeira e revestimentos cerâmicos. Dois terços dos recursos dividiram-se entre as regiões de Sorocaba (R$ 2,7 bilhões) e de Campinas (R$ 1,8 bilhão).
Na sequência, aparecem a Região Metropolitana de São Paulo (R$ 408 milhões) e as regiões Central (R$ 143 milhões), de Barretos (R$ 140 milhões) e de Ribeirão Preto (R$ 120 milhões). Os investimentos com abrangência inter-regional totalizaram R$ 1,4 bilhão.
Cinco ramos industriais concentraram 89% dos investimentos: metalurgia (R$ 2,0 bilhões), produtos químicos (R$ 1,5 bilhão), minerais não metálicos (R$ 1,2 bilhão), produtos de madeira (R$ 722 milhões) e máquinas e equipamentos (R$ 625 milhões). Os demais R$ 769 milhões referem-se a investimentos em outros nove subsetores da indústria.
Geral
Já os números gerais consolidados da Secretaria de Governo indicam que São Paulo praticamente dobrou o volume de investimentos, passando de R$ 12,4 bilhões em 2020 para R$ 23,3 bilhões empenhados em 2021. Os dados foram fechados na terça-feira, 4 de janeiro, e mostram que o Estado superou a meta estabelecida em 2021, que era de R$ 22,5 bilhões.
Os números confirmam a maior recuperação da capacidade de investimento estadual desde 2015, quando o Estado totalizou R$ 18,5 bilhões. Para este ano de 2022, o orçamento do Estado prevê investimentos da ordem de R$ 27,3 bilhões.
“Com administração responsável dos recursos públicos e crescimento econômico bem superior à média nacional, teremos também o maior volume de investimentos da história do estado de São Paulo. Isso não é custeio da máquina pública”, afirma o governador João Doria (PSDB).
“É investimento direto em saúde, educação, habitação, infraestrutura, segurança pública, logística, proteção social e geração de empregos”. Desde o início da atual gestão, o Estado teve que contornar desequilíbrios orçamentários entre despesas e receitas previstas na gestão antecessora.
Depois, no segundo ano, a pandemia levou o governo a concentrar a aplicação de verbas prioritárias na área da saúde, o que também se estendeu para o primeiro semestre de 2021. Com a recuperação econômica acelerada pelos índices robustos da vacinação estadual contra a covid-19, o Estado conseguiu fôlego extra para ampliar os valores do Pró SP (www.prosp.sp.gov.br). O programa reúne oito mil obras estaduais, com estimativa de geração de 200 mil empregos.