Tribuna Ribeirão
Saúde

Indígena de 8 anos é 1ª criança vacinada do país

GOVERNO DE SÃO PAULO

A primeira criança vacina­da contra a covid-19 no Brasil é um garoto indígena de 8 anos. Davi Seremramiwe Xavante vai periodicamente de Piracicaba a São Paulo para um tratamento de saúde no Hospital das Clí­nicas da Universidade de São Paulo (USP). O governador João Doria (PSDB) acompa­nhou o início da campanha es­tadual para crianças de 5 a 11 anos no início da tarde desta sexta-feira, 14 de janeiro.

“O Davi é a primeira crian­ça brasileira a receber a vacina para imunização contra a co­vid-19. É um momento histó­rico para o Brasil. Praticamente um ano após São Paulo iniciar a vacinação aqui no Hospital das Clínicas”, disse Doria. A campanha de vacinação infan­til no estado começou imedia­tamente após a entrega do lote inicial de 234 mil vacinas pe­diátricas da Pfizer/BioNTech à Secretaria de Estado da Saúde.

As equipes da pasta rece­beram o imunizante no final da manhã de ontem, e a dis­tribuição para todas as regiões do estado será iniciada até o fi­nal da tarde. Nascido em uma tribo Xavante no estado do Mato Grosso, Davi tem uma condição de saúde que afeta as pernas e o obriga a andar com ajuda de uma órtese.

Durante nove meses, ele e o pai, o cacique Jurandir Siridiwe, fizeram viagens periódicas à ca­pital paulista para que Davi fosse tratado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Desde o início do ano passado, Davi passou a morar com uma tu­tora na cidade de Piracicaba, na região de Campinas. Ela o acompanha nas consultas roti­neiras que o garoto faz no HC com médicos das áreas de rea­bilitação e neurologia.

Além dele, outras sete crian­ças com comorbidades foram vacinadas. O evento ocorreu no mesmo hospital onde a enfer­meira Mônica Calazans recebeu, há quase um ano, em 17 de ja­neiro de 2021, a primeira dose de vacina contra covid no Bra­sil. À época, ela foi imunizada com Coronavac, do Instituto Butantan, do governo de São Paulo – o medicamento havia sido liberado naquele mesmo dia pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo o Plano Estadual de Imunização, a estimativa é que 850 mil menores nestas condi­ções sejam vacinados de forma prioritária até 10 de fevereiro.

Dependendo da quantidade de doses que o ministério enca­minhar, será possível a abertura por faixa etária (sem comorbi­dades) a partir da segunda se­mana do mês que vem.

Pais e responsáveis preci­sam apresentar nos postos de vacinação comprovantes como exames ou qualquer prescrição médica. Os cadastros já exis­tentes nas Unidades Básicas de Saúde também poderão ser utilizados para a vacinação.

O governo de São Paulo também recomenda o pré-ca­dastro no site www.vacinaja.sp.gov.br para a campanha in­fantil. O preenchimento do for­mulário digital é opcional e não é um agendamento, mas agiliza o atendimento nos postos, evi­tando filas e aglomerações.

Para cadastrar os filhos, pais e responsáveis devem acessar o site, clicar no botão “Crianças até 11 anos” e preencher o for­mulário. Se o processo não pu­der ser feito pela internet, os pais não precisam se preocupar, pois o cadastro completo poderá ser feito presencialmente nas unida­des de vacinação.

Doria, Coronavac e Bolsonaro
O governador João Doria aproveitou a cerimônia de va­cinação da primeira criança no país contra a covid-19, nesta sexta-feira (14), para cobrar da Agência Nacional de Vigi­lância Sanitária a liberação do uso pediátrico da Coronavac, vacina produzida pelo Institu­to Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

“Espero que semana que vem possamos ter a delibe­ração da Anvisa”, disse o go­vernador paulista. O tucano afirma que o Butantan tem 15 milhões de doses da vacina prontas para iniciar a imuniza­ção das crianças. “Numa escala muito maior do que o volu­me de vacinas até o presente momento estão previstas pelo Programa Nacional de Imuni­zação”, pontua.

O governador de São Paulo também voltou a criticar o go­verno Jair Bolsonaro, desta vez, pelo “retardamento” no início da vacinação de crianças. O pré-candidato à Presidência da República afirmou que “um go­verno que retarda a vacina para crianças, por princípios ideoló­gicos, é um governo desumano”.

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