Tribuna Ribeirão
Geral

Índice de isolamento despenca para 43%

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Sistema de Monitora­mento Inteligente (Simi-SP) para acompanhamento dos índices de distanciamento so­cial e de isolamento durante a quarentena do novo corona­vírus, que começou a operar na semana passada, indica que o percentual de pessoas que decidiram ficar em casa em Ribeirão Preto despencou no início desta semana.

Na terça-feira, 14 de abril, a adesão à quarentena deter­minada pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e pelo governador João Doria (PSDB) ficou em 43%, mes­mo índice do dia anterior. A cidade agora tem a terceira pior taxa de isolamento do estado – era a quarta na se­gunda-feira (13) – entre os 104 municípios paulistas, com mais de 70 mil habitantes, mo­nitorados pelo sistema.

À frente de Ribeirão Preto estão Limeira, que manteve a liderança do ranking, e Ca­tanduva, ambas com 42%. A população de duas cidades com índices piores que o de Ribeirão Preto na segunda­-feira, Presidente Pruden­te e São José do Rio Preto, ambas com 43%, atendeu aos apelos das autoridades e a adesão nestes municípios saltou para 44% e 45%, res­pectivamente.

Cajamar, Cosmópolis e São Vicente, com 58% cada, perde­ram as três primeiras posições do ranking para São Sebastião (66%), Ubatuba (64%) e Lo­rena (62%) – o ideal é atingir, de maneira consistente, a taxa de 70% da população isolada, percentual recomendado pela Organização Mundial da Saú­de (OMS) e pelo Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

Na semana passada, com pagamento de aposentados e pensionistas e dos trabalha­dores da iniciativa privada, do auxílio emergencial de R$ 600 e das compras da Páscoa, a taxa de isolamento social na cidade ficou abaixo da média estadual e chegou a 41% na quinta-feira (9) – pior índice desde que o prefeito decretou estado de calamidade públi­ca, em 23 de março. Antes, chegou a 40% no dia 20.

Na Sexta-Feira da Paixão (10), subiu para 54%, mas caiu para 50% no Sábado de Aleluia (11), quando muita gente foi às compras nova­mente. Porém, no Domingo de Páscoa voltou a 54%. Os números são medidos a partir da geolocalização de telefones móveis. Foi fechado um acor­do com as operadoras de te­lefonia celular no País – Vivo, Claro, Oi e Tim – para “identi­ficar os locais onde as pessoas estão e onde há concentração”.

O melhor índice de Ribei­rão Preto foi registrado em 29 de março e 5 de abril, de 56%. Nesta terça-feira, na região, Sertãozinho estava com 52%, Barretos com 48% e Franca, com 45%. O monitoramento é feito por meio do rastreamen­to e georreferenciamento dos aparelhos celulares.

João Doria (PSDB) infor­mou que a taxa de isolamento social no estado de São Paulo na terça-feira foi de 50%, mes­mo número do dia anterior. Segundo ele, mesmo consi­derando que a meta do Esta­do é atingir o nível de 70% da população em quarentena, a atual taxa não é ruim. “Temos que estimular a população a seguir de forma determinada seu isolamento”, reiterou nesta quarta-feira (15), em entrevis­ta coletiva.

Perguntado sobre se o governo paulista pretende adotar medidas mais rígidas para conter a saída da popu­lação às ruas, o governador afirmou irá seguir as mesmas recomendações pelo menos até o próximo dia 22, quando termina o prazo estipulado para a quarentena no Estado. “Após esta data faremos uma avaliação e tomaremos as decisões que forem necessá­rias”, concluiu o tucano.

Na terça-feira, o prefeito Duarte Nogueira também sinalizou, durante videocon­ferência com algumas das principais entidades da clas­se empresarial de Ribeirão Preto, que pode flexibilizar o decreto de calamidade pú­blica (nº 76/2020) a partir do dia 23. Porém, ressalta que tudo vai depender da curva de contágio do coronavírus e das orientações das autorida­des da área da saúde.

O número de passageiros que viajam de ônibus em Ri­beirão Preto voltou a subir na semana passada, segundo da­dos da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Tran­serp). Antes da quarentena, no dia 10 de março, ainda com os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços abertos e sem a suspensão das aulas nas redes pública e privada, foram transportados 200.131 passageiros.

A partir do dia 24 de março, com o fechamento das lojas e de escolas e a abertura apenas dos serviços essenciais, foram trans­portados 41.878 usuários do serviço, 158.253 pessoas a me­nos e queda de 79%. No entanto, essa redução não se manteve ao longo do período e o número diário de usuários tem retoma­do o crescimento. No dia 8 de abril, 53.695 passageiros foram transportados, 11.817 a mais e aumento de 28,2% em relação ao primeiro dia de restrições, sendo que destes, 7.140 são idosos – ou 13,3% das pessoas que viajaram de ônibus na ci­dade no período.

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