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Índice de Confiança do Consumidor tem nova queda

FOTOS: ALFREDO RISK

O Índice Nacional de Confiança (INC) de janeiro, pesquisa realizada pela As­sociação Comercial de São Paulo (ACSP) junto à startup de tecnologia Behup, apontou nova queda sobre a expectati­va para o futuro do consumi­dor comparada a dezembro.

O mês registrou 82 pontos, dois a menos que o anterior, o que indica que o atual cenário econômico não é dos melho­res desde o início da pande­mia. A análise vai de 0 a 200 pontos. Os índices computa­dos no início do maior dis­tanciamento social, em maio e junho do ano passado, eram de 77, mas vinham crescendo até que, em novembro, atin­giram os 86 pontos. Cenário mais otimista desde o início das medidas de restrição para conter o avanço do novo co­ronavírus.

Em dezembro, já houve recuo para 84. Agora, houve outro recuo. As incertezas, relacionadas principalmente às condições do emprego e do consumo, são as que mais preocupam o brasileiro neste instante.

Desde o início do isola­mento social, o receio de ficar desempregado cresceu. Até fevereiro de 2020, a maioria dos entrevistados para o INC dizia estar mais segura no em­prego, na comparação com seis meses antes.

A partir de março, os re­ceosos em perder o emprego passaram a ser a maioria da população. No mês de janeiro, 35%, dos 1.500 entrevistados para este atual levantamento, disseram estar menos segu­ros quanto à estabilidade no emprego. O número daqueles que disseram estar mais segu­ros é menor: 28% da amos­tragem. De acordo com o levantamento, 62% dos entre­vistados afirmaram conhecer alguém que perdeu o empre­go nos últimos seis meses por causa das condições atuais da economia.

Diante dessa realidade, quando o brasileiro olha para a frente, as perspectivas não são as melhores. Para 61% dos ouvidos para o INC em janeiro, o desemprego vai au­mentar. No mês passado, 58% tinham essa expectativa.

As finanças pessoais tam­bém preocupam os brasi­leiros, que perderam renda como consequência da para­lisação da economia. A pes­quisa apontou que 46% dos entrevistados consideraram a própria situação financeira ruim. Aqueles que a conside­ram boa foram 30%.

Com renda menor e dúvidas em relação ao emprego, o consumo inevitavelmente acaba afetado

“Estamos vivendo um ce­nário de incerteza econômica”, afirma Marcel Solimeo, eco­nomista da Associação Co­mercial de São Paulo (ACSP). Segundo ele, as medidas para o isolamento social adotadas pelos estados e municípios e a pouca disponibilidade de vacinas estão refletindo dire­tamente na falta de confiança do consumidor.

Consumo
Com renda menor e dúvi­das em relação ao emprego, o consumo inevitavelmente acaba afetado. O INC mostra que a maioria dos brasileiros estaria pouco disposta a fazer grandes compras, como a de um carro ou casa.

Em janeiro, 38% dos en­trevistados para ao levanta­mento disseram não ter con­fiança para compras com esse perfil. Já os que se mostraram confiantes em realizar gran­des aquisições representaram 29% da amostra. O mesmo comportamento é observado para compras intermediá­rias, como eletrodomésticos. Foram 33% os que disseram estar pouco confiantes em fazer aquisições desse tipo, contra 32% que se mostra­ram dispostos. “O fim do Au­xílio Emergencial diminuiu o poder de compra e também afetou bastante a confiança do consumidor em relação ao futuro do país”, disse Marcel Solimeo.

A região do Brasil mais confiante na economia é a Centro-Oeste com 107 pon­tos, seguida pela Norte (95), Sudeste (79), Sul (78) e Nor­deste (76). “O consumidor mais confiante é aquele que vê a economia de seu estado se manter ativa, porque as principais atividades são liga­das à agricultura, pecuária e ao extrativismo mineral que não perderam tanto a força com a pandemia”, analisou Solimeo.

Bares em crise
Recente pesquisa realiza­da pela Associação de Bares e Restaurantes de Ribeirão Preto e Região (Abrasel) aponta para um colapso no setor, caso o Estado não tome providência imediatas a res­peito da proibição abrupta do funcionamento desses esta­belecimentos na cidade.

O levantamento mostra que 62% dos bares de Ribei­rão Preto devem fechar suas portas definitivamente nos próximos dois meses e 17% encerrará o funcionamento nos próximos dias, se a aber­tura ao público continuar im­pedida. Desde segunda-feira (25) Ribeirão Preto entrou em uma fase hibrida do Plano São Paulo – laranja e vermelha – em que a abertura dos bares é proibida. O levantamento da Abrasel também mostra nú­meros do endividamento dos empresários do setor. Mais de 80% dessas empresas deixa­ram de pagar seus impostos de 2020, para conseguir hon­rar a folha de pagamento dos funcionários e, 47% estão sem pagar os fornecedores.

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