Tribuna Ribeirão
Economia

Indicador da Ceagesp tem aumento de 7,94%

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O índice de preços da Com­panhia de Entrepostos e Ar­mazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) encerrou o mês de outubro com forte alta de 7,94%, em comparação com o mês an­terior, principalmente pela ele­vação dos preços nos setores de legumes, frutas e diversos.

A companhia explica em comunicado que, em virtude das altas temperaturas e da estia­gem, que adentraram a primeira quinzena de outubro, o clima não favoreceu as culturas que já vinham sofrendo perdas des­de setembro. Alguns produtos, como tomate, batata, mamão formosa, laranja e abacate tive­ram danos.

Além disso, os custos da pro­dução subiram, acompanhando a alta do dólar neste ano, com maiores despesas com fertilizan­tes e defensivos agrícolas cota­dos na moeda norte-americana. Em contrapartida, os setores de verduras e pescados acumulam alta no ano de apenas, respecti­vamente, 4,61% e 0,75%.

A Ceagesp salienta que a ten­dência para este mês é a previsão de mais chuvas que, não sendo excessivas, podem favorecer as culturas. Com clima quente e com maturação adequada dos frutos, a boa oferta de produtos deverá conter elevações gerais de preços.

Além da recuperação da oferta para os próximos meses, a demanda deve crescer, com uma maior flexibilização do isolamento social e o retorno de novas atividades econômicas em todo o Estado de São Paulo, incluindo bares e restaurantes, escolas e teatros e com a amplia­ção do horário de atendimento.

Em outubro, o setor de frutas apresentou forte alta de 8,58%. As principais elevações ocorreram nos preços do ma­mão formosa (97,0%), da la­ranja pera (41,5%), do mara­cujá doce (30,7%), do abacate margarida (25,1%) e da laran­ja lima (23,7%). As principais quedas ocorreram nos preços das mangas tommy atkins (-23,1%) e palmer (-15,6%), do limão taiti (-12,4%) e do abacaxi pérola (-5,5%).

O setor de legumes registrou elevação expressiva de 17,16%. As principais altas de preços aconteceram com a ervilha tor­ta (73,4%), com o tomate caqui (69,7%), com o chuchu (54,1%), com a vagem macarrão curta (50,8%), com o tomate cereja (48,9%) e com o quiabo (44,9%). As principais quedas de preços ocorreram com os pepinos cai­pira (-17,3%), comum (-15,6%) e japonês (-14,6%), com a ce­noura (-12,3%) e com a abobri­nha italiana (-11,4%).

O setor de verduras apre­sentou alta de 1,56%. As prin­cipais elevações ocorreram nos preços do coentro (162,0%), da couve-flor (36,0%), do repolho (29,4%), da acelga (27,2%) e da rúcula hidropônica (22,2%). As principais quedas de preços ocorreram com a salsa (-37,5%), com a erva-doce (-21,6%), com a mostarda (-15,4%), com o oré­gano (-15,2%) e com a hortelã (-14,8%).

O setor de diversos fechou o mês com forte elevação de 5,83%. As principais altas fo­ram registradas nos preços da batata asterix (41,0%), do milho de pipoca estrangeiro (19,8%), do coco seco (19,5%), da ba­tata lavada (16,6%) e dos ovos brancos (10,1%). A principais baixas ocorreram com a cebola (-21,9%), e com o alho (-2,5%).

O setor de pescados regis­trou queda de 0,84%. As prin­cipais baixas ocorreram nos preços do salmão (-10,7%), do polvo (-6,9%), do camarão fer­ro (-5,3%) e da pescada goete (-3,9%). As principais altas fo­ram registradas nos preços da betara (27,1%), da cavalinha (20,8%), da sardinha (13,8%), da pescada tortinha (11,4%) e do pintado cativeiro (11,3%).

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