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Indecisos para as eleições de 2018!

Constato que nossos fiéis, em número razoável, ainda se sentem desmotivados e indecisos para as eleições de 2018, por conta do cenário político caótico. Talvez essa seja a eleição mais atípica de todas, desde 1989. Mesmo que muitos pensem que religião e política não devem se entrelaçar, preci­samos nos preparar para bem orientar nossas comunidades. É preocupante que aproximadamente 40% dos brasileiros até o momento deixem escapar que anularão seu voto, votarão em branco ou nem irão às urnas.

Muitos confiarão as eleições deste ano à Igreja, que ainda lhes inspira certa segurança e buscam com ela, a Igreja, novos horizontes e nova esperança. Como não somos partidários e nem convém declarar nossa acepção a partido nenhum, precisamos estar preparados e muito bem informados quanto aos candidatos que se apresentam para os diversos cargos.

A campanha eleitoral já começou com o primeiro debate promovido pela Rede Bandeirantes, no dia 9 de agosto, que reuniu oito dos 13 candidatos à Presidência da República. Foram três horas de “farpas”, egocentrismo, demagogias, propostas, algumas delas até mesmo hilárias, mas lançadas ao ar, a fim de que mais de um milhão e quinhentos mil telespectadores comecem a formar consciência crítica sobre cada um deles.

Nem sempre é prazeroso assistir aos debates, apresentação de propostas, devaneios de alguns, falta de postura e ética de outros, mas será através desses, que poderemos desenhar em nossa consciência o que nos espera nas eleições deste ano.

Só seremos capazes de orientar bem nossas comunidades, na medida em que conhecermos as propostas dos candidatos ao Legislativo e Executivo. É possível que sintamos o desejo de uma maior renovação nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, não reelegendo deputados estaduais, federais e senadores, mas arriscando em homens e mulheres que oxigenem a velha política de caciques “embolorados”, porque colados há décadas numa dessas cadeiras, usufruin­do de privilégios descabidos em detrimento dos milhões de cidadãos que acabam pagando absurdamente uma nobreza injusta, quando não imoral.

Isso só será possível na medida em que exercermos nossa cidadania, buscando o quanto possível, identificar quem são na verdade os candidatos. A civilidade não nos permite afirmar que não votaremos em ninguém. Acompanhar os de­bates dos presidenciáveis e conhecer bem os demais candida­tos é tarefa difícil e nem sempre agradável, porém a meu ver, necessária. Além do primeiro debate na Band, teremos outros entre 17 de agosto e 4 de outubro, bem como os horários de propaganda eleitoral.

A Igreja diante das eleições de 2018, por meio de seus agentes de pastoral e líderes religiosos, deverá orientar com fidelidade “apartidária” todos os fiéis de suas comunidades, que talvez encontrem uma luz de esperança para um País mais justo numa palavra bem dita!

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