A quantidade de queimadas às margens das rodovias em Ribeirão Preto e região aumentou, segundo levantamento realizado pela concessionária Entrevias, que administra vários trechos pedagiados na região de Ribeirão Preto. Em 2020, a concessionária contabilizou 113 casos de queimadas, contra 47 em agosto passado, um aumento de 140% segundo a apuração dos registros que chegam ao Centro de Controle Operacional (CCO), setor que intensifica o monitoramento das estradas durante a Operação Corta Fogo.
O período de julho a setembro é considerado crítico devido às condições climáticas da época, de estiagem prolongada e baixa umidade do ar, que favorecem a combustão e propagação das chamas na vegetação que margeia as rodovias.
Contudo, este ano, os estragos foram exponencialmente maiores devido à estiagem em Ribeirão, que desde junho não registra chuva considerável, e com o agosto mais seco dos últimos cinco anos, de acordo com dados apurados.
Em agosto, a cidade registrou apenas 2,1 milímetros de chuva. Índice bastante inferior aos anos anteriores, cujas médias para o mês foram de 15 mm em 2019, 28,7 mm em 2018, 15,5 mm em 2017, 35,8 mm em 2016 e, em 2015, 3,3 milímetros.
Na região de Ribeirão Preto, os incêndios ocorreram com mais frequência no Anel Viário Sul e na Rodovia Attílio Balbo entre Ribeirão e Sertãozinho. Na Rodovia Alexandre Balbo e na Anhanguera entre Jardinópolis e Sales Oliveira, os focos de incêndios também foram registrados com grande intensidade.
Desde junho a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) Coordena a Operação Corta Fogo, iniciativa sazonal que segue até o fim de setembro. O objetivo é combater incêndios e garantir a segurança viária de usuários das rodovias, já que em muitos casos a fumaça invade a pista e pode prejudicar a visibilidade.
Para auxiliar na redução e enfrentamento de queimadas na área sob sua concessão, a Entrevias intensifica o monitoramento de pontos já conhecidos como de maior incidência através de 200 câmeras instaladas ao longo dos 299 quilômetros de rodovias que opera na região.
Com um sistema inteligente de detecção automática de incidentes, o circuito de câmeras da empresa permite o acompanhamento em tempo real das estradas, 24 horas por dia, e acusa na tela do monitor do operador situações atípicas que precisam de checagem, como início de fogo.
Ao constatar o princípio de incêndio, a empresa aciona os recursos necessários neste tipo de chamada: caminhão-pipa e viatura de inspeção de tráfego para garantir a segurança na malha viária e, se necessário, interdita a rodovia.
Estado registra a menor emissão per capita de gás carbônico
O Balanço Energético 2020, divulgado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) na primeira quinzena de setembro, mostra que São Paulo registrou em 2019 a menor emissão de dióxido de carbono per capita da história. Pela primeira vez, a emissão do gás por paulistas ficou em 1,614 de toneladas de CO2/ano.
O estudo elaborado anualmente contabiliza a geração e o consumo de energia, assim como a emissão do poluente também conhecido como gás carbônico. As estimativas das emissões do gás são calculadas segundo a metodologia mais utilizada internacionalmente, consolidada no âmbito do Green House Gas Inventory – Reference Manual.
O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) é emitido, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). O principal problema causado pelo excesso de gás carbônico no planeta já é bem conhecido. Ele retêm calor nas camadas mais baixas da atmosfera, desequilibrando o clima e aumentando as médias de temperatura.
Os dados e as informações contidas no balanço servem como um instrumento que auxilia estudos, análises e discussões dos aspectos técnicos na área energética paulista, especialmente aqueles voltados à oferta e à demanda de energia.
Energia renovável
Por duas vezes, nos últimos dez anos – 2009 a 2019 – o Estado também ultrapassou a marca de 60% da matriz energética com energias renováveis, o que reflete diretamente na qualidade de vida da população.
A oferta total de energia registrou um acréscimo de 2,3% e o consumo final cresceu 1,5%, ambos em relação ao ano anterior. O documento aponta ainda outros dados importantes, como o consumo médio de eletricidade de 151 GWh no Estado e os maiores consumidores por setor, estando o industrial (42%) no topo da lista, seguido por transportes (34%) e residencial com 8%.