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Incêndio em aterro é alvo de denúncia

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Marcos Papa (Cidadania) quer que o Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) investigue um incên­dio de grandes proporções que ocorreu, no último final de se­mana, no antigo aterro sanitá­rio localizado na Rodovia Má­rio Donegá (SP-291), que liga Ribeirão Preto a municípios da Região Metropolitana – Du­mont, Pradópolis e Guariba.

O parlamentar acionou o Ministério Público Estadual (MPE) por suspeitar que o in­cêndio tenha sido criminoso. No local deveria funcionar o setor de pica-galhos da prefei­tura de Ribeirão Preto, mas a trituração dos resíduos verdes do município está suspensa. A empresa que venceu a licita­ção, em fevereiro, abandonou o serviço no mês passado, após não atingir os quantitativos previstos em contrato.

A mesma empresa era res­ponsável por dar a destinação final ambientalmente adequa­da ao material. Com o terreno lotado e o pica-galhos parado, a prefeitura suspendeu o rece­bimento de descarte de massa verde no local – o que gerou muito transtorno para a po­pulação e resulta em galhadas acumuladas em diversos pon­tos de Ribeirão Preto até hoje.

“Há fortes indícios de ação criminosa nesse incêndio, por isso estou denunciando ao Mi­nistério Público, por meio de uma representação. É impres­cindível que o Gaema investi­gue com rigor o que ocorreu, neste fim de semana, no an­tigo aterro da Rodovia Mário Donegá, onde funciona atu­almente o transbordo e onde deveria estar funcionando o pica-galhos”, enfatiza. Papa é presidente da Comissão Per­manente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara de Ribeirão Preto.

O objetivo, segundo ele, é descobrir quem são os respon­sáveis pelas chamas. Vídeos e fotos do incêndio foram ane­xados a representação proto­colada no Gaema. Em visita ao antigo aterro, em meados de fevereiro deste ano, Marcos Papa constatou que o pica-ga­lhos estava parado e que o lo­cal lotado de massa verde. O vereador já vinha criticando a administração pela demora na contratação de uma em­presa para fazer a trituração dos resíduos e dar a destina­ção ambientalmente adequa­da. Um contrato foi assinado na semana seguinte, mas o valor final da licitação cha­mou a atenção.

Apesar de a prefeitura a li­citação em mais de R$ 5 mi­lhões, o serviço foi contratado por R$ 1,8 milhão – proposta oferecida pela empresa Server­de Comércio de Plantas e Ser­viços Ambientais Ltda-EPP, de São Roque. A mesma empresa havia vencido o processo lici­tatório para poda, extração de árvores e coleta de materiais vegetais em logradouros públi­cos por R$ 2,4 milhões.

Papa observou na repre­sentação ao Gaema “proposta cristalinamente inexequível” e questionável capacidade técnica. A própria prefeitura admite que a empresa não atingiu os quantitativos pre­vistos em contrato nos dois meses em que atuou. Após notificações, via Diário Ofi­cial do Município, o gover­no Duarte Nogueira Júnior (PSDB) rescindiu o contrato com a Serverde.

Segundo a Divisão de Re­síduos Verdes, está sendo pro­videnciado o “chamamento da segunda empresa colocada na licitação com previsão de assinatura do contrato em 15 de junho, se esta atender aos requisitos. Se a mesma não atender aos requisitos será chamada a terceira colocada e assim sucessivamente”.

Ainda de acordo com o se­tor – resposta enviada à Mar­cos Papa, por e-mail, na sex­ta-feira (29), portanto, antes do incêndio –, a prefeitura “não dispõe de equipamento próprio para realizar o servi­ço de processamento de resí­duos verdes e que não dispõe também no momento de ou­tro local para descarte dos resí­duos verdes”.

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