Ribeirão Preto abriu 2021 com 252.121 inadimplentes, alta de 0,9% em comparação com os 249.819 de dezembro. São 2.302 devedores a mais em janeiro, época de pagar tributos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além de bancar a matrícula dos filhos e o material escolar e as compras de Natal.
Porém, janeiro deste ano detém a segunda menor quantidade de inadimplentes em doze meses, atrás justamente de dezembro. Houve queda é de 4,6% em comparação com os 264.276 do primeiro mês de 2020. São 12.155 pessoas a menos com o nome sujo na praça, apesar de o país ainda enfrentar a pandemia de coronavírus. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian nesta terça-feira, 6 de abril.
O número de janeiro indica que 35,4% da população da cidade, estimada em 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem alguma conta em atraso. Em novembro eram 254.846 ribeirão-pretanos com alguma conta pendente.
A cidade tinha 255.620 inadimplentes em outubro, contra 259.972 de setembro, 261.880 de agosto, 263.922 de julho, 263.704 de junho, 269.463 de maio, 274.641 de abril, 279.008 de março (a maior quantidade do ano passado), 267.482 de fevereiro e 264.276 de janeiro.
O pico de 2019 foi registrado em abril, quando 266.374 moradores da cidade tinham alguma conta pendente, 37,9% da população. O menor número foi constatado em fevereiro, com 256.287 devedores. No Brasil, pela primeira vez em quatro anos, o número de devedores recuou 3,1%, de 63.307.343 em dezembro de 2019 para 61.361.283 no mesmo período do ano passado.
São 1.946.060 inadimplentes a menos. Este é o menor número desde junho de 2018, quando o total de brasileiros inadimplentes chegou a 61,2 milhões. Em abril de 2020, pouco depois do início da pandemia, 65,9 milhões de pessoas tinham contas vencidas e não pagas no país, o que representava 41,8% do total de brasileiros acima de 18 anos.
Já no último mês do ano, 38,6% da população adulta estavam inadimplentes. Em janeiro de 2021, a estimativa é de que 61,6 milhões de brasileiros tinham alguma conta pendente (29,1% da população brasileira, de 211.755.692). São milhões a menos que os 63,7 milhões do mesmo mês do ano passado, queda de 3,3%.
No Estado de São Paulo a queda no ano passado foi de 2,7%. Caiu de 15.246.859 de inadimplentes em dezembro de 2019 (43,4% da população paulista) para 14.834.373 no mesmo período do ano passado (41,7%). São 412.486 pessoas a menos com contas em atraso. Em janeiro deste ano são 14.870.693 (32,1% dos 46.289.333 paulistas), recuo de 2,7% e 412.696 devedores a menos que os 15.283.389 do mesmo mês de 2020
Em todo o Brasil, as dívidas no setor financeiro puxaram a queda no final do ano passado, atingindo a menor participação histórica. A retração de 12,2% no total dos compromissos vencidos e não pagos junto aos bancos, financeiras e cartões ficou em 35,7% em dezembro. São consideradas as transações em aberto feitas em bancos e cartões (27,3%) e financeiras (8,4%).
Já o setor de utilities (água, luz e gás) teve um aumento da representatividade, indo de 20,4% em dezembro/19 para 23,6% no último mês do ano passado. Também os setores de telecom e varejo aumentaram suas participações no total das dívidas em atraso no ano passado. Os dados da Serasa Experian mostram ainda que o total de dívidas abertas por Cadastro de Pessoa Física (CPF) caiu de 3,55% para 3,47% no fim do ano passado.