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Inadimplência avança 8,9% em RP

O número de inadimplentes em Ribeirão Preto subiu 8,9%em março deste ano na comparação com o mesmo período de 2018, de 241.517 para 263.025, com 21.508 devedores a mais. Significa que 37,8% da população, estimada em 694.534, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem alguma conta em atraso, segundo a Serasa Experian.


Ribeirão Preto fechou o ano passado com 253.260 devedores. Em fevereiro, o Caminhão Itinerante do Serasa Consumidor ficou cinco dias na cidade e atendeu 2.732 pessoas, média de 546 por dia – 54 por hora, quase uma a cada minuto. O veículo ficou estacionado na Esplanada do Theatro Pedro II, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico.


O número de consumidores inadimplentes em todo o Brasil chegou a 63 milhões em março de 2019 e registrou recorde desde 2016, quando teve início a série histórica. Isto significa que 40,3% da população adulta do país está com dívidas atrasadas e negativadas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (61 milhões), o aumento foi de 3,2%, ou seja, dois milhões a mais de pessoas. Na comparação com fevereiro (62,2 milhões), a alta foi de 1,2%.


No estado de São Paulo, o número de inadimplentes saltou de 14.537.146 em março de 2018 para 15.307.226 no mês passado, alta de 5,3%. O total representa 43,1% da população adulta. “O aumento do desemprego e o repique da inflação nos primeiros meses do ano resultaram em perdas da renda do consumidor, que impacta diretamente na inadimplência”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.


“Também a concentração de compromissos financeiros típicos de início de ano (IPTU, IPVA, material escolar etc.) pressionaram o orçamento da população”, explica, ressaltando que o recorde de pessoas com dívidas atrasadas em março mostra um patamar elevado e traz prejuízos ao crescimento da economia”


Por faixa etária, a inadimplência é maior nas pessoas de 36 a 40 anos (48,5% delas estão inadimplentes), mas os idosos (consumidores com mais de 61 anos) apresentaram a maior alta (1,9 p.p.) em março de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano anterior: 38,8% deles estavam inadimplentes e março/19. Já as faixas de 26 a 35 anos e de 31 a 35 anos apresentaram ligeira queda na mesma relação.


Dívidas com telefonia – Mesmo com a maior representatividade de bancos e cartões (28,1% dos registros de inadimplência são provenientes deste segmento), as dívidas não pagas e negativadas no segmento de telefonia tiveram o maior crescimento (1,6 ponto percentual em março de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, representando agora 13,2% do total.

Baseado em uma metodologia mais abrangente e inclusiva para concessão de crédito, o Cadastro Positivo considera a análise de todo o histórico de endividamento e de que modo empresas e consumidores efetuam o pagamento de dívidas contratadas com bancos e estabelecimentos de comércio e de serviços (luz, água, telefone, gás). Também são avaliados compromissos financeiros a vencer.


O objetivo desse processo é valorizar aspectos positivos, como o hábito do consumidor de pagar em dia suas contas, e não se concentrar somente nas dívidas atrasadas. Essa visão inclui Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) e Jurídicas (CNPJs) no sistema financeiro e contribui para a prevenção e o combate ao superendividamento.
Sinaliza de modo claro se há espaço no orçamento para contrair mais dívidas. O Brasil é uma das poucas grandes economias globais que não considerava o Cadastro Positivo. Nos países nos quais os dados positivos passaram a constar nos modelos estatísticos, entre os principais diferenciais, se verificou a maior inclusão das pessoas no crédito de forma responsável e sustentável.


Sinaliza de modo claro se há espaço no orçamento para contrair mais dívidas. O Brasil é uma das poucas grandes economias globais que não considerava o Cadastro Positivo. Nos países nos quais os dados positivos passaram a constar nos modelos estatísticos, entre os principais diferenciais, se verificou a maior inclusão das pessoas no crédito de forma responsável e sustentável.

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