O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai alcançar nesta quarta-feira, 19 de maio, às 7h53, a marca de R$ 1 trilhão em impostos arrecadados desde o primeiro dia do ano pelos governos federal, estadual e/ou municipal. Marcava R$ 995,84 bilhões às 16h11 desta terça-feira (18).
A marca será superada 39 dias antes em comparação com o ano passado, quando o montante arrecadado pela União, Estados e municípios atingiu R$ 1 trilhão em 27 de junho. O painel fica no edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo, na rua Boa Vista nº 51.
Foi instalado em 2005. O painel do Impostômetro é uma espécie de relógio digital que contabiliza de forma online tudo o que está sendo arrecadado no Brasil pelos governos federal, estaduais e municipais. O ponto já virou atração turística da capital paulista e, por isso, é comum ver as pessoas registrando imagens em frente ao local.
A população também poderá acompanhar o painel ultrapassar R$ 1 trilhão de impostos arrecadados na manhã desta quarta-feira. A ferramenta foi criada para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade.
O Impostômetro também pode ser acessado de forma virtual, por meio do portal www. impostometro.com.br. Por lá, é possível visualizar valores arrecadados por período, Estado, município e categoria. Em Ribeirão Preto, às 16h11 desta terça-feira, o painel indicava que Ribeirão Preto havia arrecadado R$ 423,50 milhões em 138 dias, aproximadamente R$ 3,07 milhões a cada 24 horas.
Segundo o painel, a cidade arrecadou mais impostos em 2020 na comparação com o ano anterior, na contramão do que ocorreu com a União. De 1º de janeiro até 31 de dezembro, os contribuintes da cidade pagaram R$ 1,430 bilhão em tributos. Em 2019, em 365 dias, o município arrecadou, com taxas e tributos municipais, estaduais e federais, R$ 1,033 bilhão. A alta no ano passado chega a 38,4%, com aporte de R$ 397 milhões.
Em 2019, o crescimento foi de 1,98% em relação ao total de 2018, de R$ 1,010 bilhão, com aporte de R$ 23 milhões – foi a primeira vez que a cidade venceu a barreira de R$ 1 bilhão, segundo o placar da ACSP. Os números foram arredondados.
A União ficou com R$ 1,337 trilhão (ou 65%) em 2020. Os Estados dividiram R$ 576 bilhões (ou 28%) e os municípios, R$ 144 bilhões (ou 7%). Tanto a União quanto Estados e municípios e até o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) discordam dos métodos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) – que elabora o painel para a ACSP – para chegar a estes números.