Tribuna Ribeirão
Economia

Imposto injeta R$ 61,7 mi em 20 anos

DIVULGAÇÃO/ENTREVIAS

A arrecadação do Impos­to Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS-QN) gerou re­passe de R$ 61,75 milhões a Ribeirão Preto em quase duas décadas, entre 2000 e o primei­ro semestre deste ano. Nos seis primeiros meses de 2019, a ci­dade recebeu R$ 2,55 milhões, e a região – que neste caso englo­ba a metrópole e mais 14 mu­nicípios com praças instaladas – embolsou R$ 9,51 milhões.

Desde 2000, essas 15 cida­des receberam R$ 229,79 mi­lhões em repasses de ISS-QN. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 2 de agosto, pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). O montante arrecadado em Ribeirão Preto entre janeiro e junho corresponde a 47,8% do total do ano passado, de R$ 5,33 milhões, e os repasses regionais representam 48% dos R$ 19,78 milhões de 2018 inteiro.

Entre os municípios da re­gião de Ribeirão Preto, o que mais teve arrecadação com o ISS dos pedágios foi a própria me­trópole, seguida de São Simão (R$ 1,58 milhão) e Cravinhos (R$ 1,11 milhão). As menores arrecadações ficaram por con­ta de Barrinha (R$ 74,17 mil) e Luís Antônio (R$ 100,82 mil). O balanço realizado pela Artesp considera o Imposto Sobre Ser­viço de Qualquer Natureza que incide sobre as tarifas de pedá­gio dos 8,4 mil quilômetros de rodovias estaduais paulistas sob concessão e que beneficiaram diretamente 283 municípios cortados pela malha concedida com R$ 258 milhões, somente neste primeiro semestre.

Com o início da opera­ção de novas concessões, onze novas cidades passaram a ser beneficiadas pelo repasse esse ano. São elas: Barra Bonita, Bo­caina, Igaraçu do Tietê, Barão de Antonina, Coronel Macedo, Itaporanga, Pratânia, Riversul, Taquarituba, Boa Esperança do Sul, Dourado e Trabiju. Até 2018, o imposto era recolhido em 271 municípios paulistas. A verba proveniente do ISS-QN sobre os pedágios é significa­tiva na composição orçamen­tária das administrações mu­nicipais, principalmente em pequenas cidades.

A alíquota do imposto é de­finida por legislação municipal e o repasse é feito proporcional­mente à extensão das rodovias sob concessão que atravessam o município. E, como não se trata de uma “receita carimba­da”, que deve ser aplicada em determinadas áreas do municí­pio conforme previsão em lei, as administrações municipais podem empenhar a verba re­cebida em qualquer área, como saúde, segurança, educação ou infraestrutura urbana. O ISS começou incidir sobre as tarifas de pedágio em 2000 e, desde então, já foram repassados R$ 5,3 bilhões para os municípios beneficiados. No mesmo perío­do, a região de Ribeirão Preto já recebeu R$ 229,79 milhões.

No ano passado, as 15 prefei­turas da região de Ribeirão Preto foram beneficiadas com R$ 19,7 milhões, R$ 900 mil a menos do que os R$ 20,6 milhões arreca­dados em 2017. Em 2016, a re­ceita destas cidades chegou a R$ 19,2 milhões. O crescimento no ano seguinte foi de 7,3%, com acréscimo de R$ 1,4 milhão.

Entre as 15 cidades da Re­gião Administrativa, a maior ar­recadação com o ISS dos pedá­gios foi a de Ribeirão Preto, que recebeu R$ 5,33 milhões, R$ 280 mil abaixo dos R$ 5,61 milhões de 2017, queda de 5%. A segun­da colocada, São Simão, arreca­dou R$ 3,2 milhões em 2018.

Na região, são 720 quilôme­tros de estradas sob a respon­sabilidade de quatro concessio­nárias. A Arteris ViaPaulista é a gestora de cinco praças em três rodovias. A Entrevias admi­nistra quatro pedágios em três estradas. A Tebe e a AB são res­ponsáveis por três praças em três vias cada. São 15 praças em onze estradas e 15 cidades.

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