Um empresário, quando decide investir em novas tecnologias ou pretende ampliar sua linha de produção, busca em outros lugares o conhecimento e as ferramentas que precisa para a nova etapa de negócios. Estas informações podem estar disponíveis aqui, no próprio país, ou em outros países que encontraram soluções mais práticas antes de nós, seja porque são mais desenvolvidos ou porque a necessidade chegou lá primeiro e a invenção ocorreu de forma mais rápida que a nossa. Essa busca por inovação e novos produtos para oferecer ao mercado é uma constante na iniciativa privada, que sempre vai atrás de novas formas de se desenvolver.
Estas tecnologias e formas mais adequadas de fazer o nosso trabalho estão disponíveis também para o setor público, notadamente em sociedades mais desenvolvidas. Há inovação em prática no mundo todo. É em busca de novos conhecimentos que tenho participado de missões internacionais, a convite de governos e entidades e sem custos para os cofres públicos. Frequentemente a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) – entidade da qual sou vice-presidente de relações com o Congresso – é convidada a participar de congressos, feiras e outros eventos no exterior. Assim, tenho participado de vários eventos e buscado novas soluções para as demandas de Ribeirão Preto nos mais diferentes setores.
Na semana passada, por exemplo, estivemos em Portugal, numa comitiva de prefeitos que aprendeu muito com as inovações portuguesas para a gestão pública. Antes de Portugal, desde novembro do ano passado, estive na Espanha, Alemanha, Colômbia e Taiwan. Em todos os países adquirimos conhecimentos que serão aplicados em nossa cidade. Tanto que assim que cheguei, já na segunda-feira, dia 17, fiz uma reunião com os secretários municipais para repassar a eles as importantes informações recebidas para que comecemos logo a trabalhar no desenvolvimento de novos serviços.
A viagem a Portugal, que contou com o apoio do Fórum de Integração Brasil-Europa (Fibe), teve como objetivo principal proporcionar o compartilhamento de experiências entre governantes locais e o intercâmbio entre Brasil e Portugal. Lá, entre outras atividades, fizemos, uma visita técnica ao Consórcio Municipal para Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos (Lipor), que processa o lixo recolhido de oito municípios. Do total, 30% do lixo vão para a reciclagem e 70% são destinados à compostagem. Conhecer o trabalho lá desenvolvido é uma oportunidade de aplicarmos aqui, em nossa Região Metropolitana.
Além do conhecimento de novos serviços e soluções, estes eventos servem para a troca de informações entre os prefeitos, que vão desde a aplicação de novas tecnologias em áreas cruciais, como saúde e educação, a normas inovadoras de governança e novas fontes de recursos para investimentos, como os que conquistamos na instituição financeira Corporação Andina de Fomento (CAF), com valor de 87,1 milhões de dólares, sendo US$ 69,7 milhões de aporte (80%) e US$ 17,4 milhões (20%) de contrapartida do município.
O dinheiro será aplicado na implantação do programa Ribeirão Ágil – Cidade Acolhedora, Global e Inteligente, que irá transformar a gestão da cidade para oferecer respostas mais rápidas às demandas da população, assim como oferecer maior transparência e interatividade dos cidadãos com a prefeitura. Mas isso, pela grandiosidade e importância, é assunto para um texto exclusivo.
O desenvolvimento exige rapidez nas decisões. A sociedade requer maior participação e respostas rápidas, claras e afirmativas. E é com conhecimento adquirido das mais variadas formas que teremos condições de satisfazer estas necessidades, ao mesmo tempo em que nos tornamos uma cidade mais global, inteligente e acolhedora.