Tribuna Ribeirão
Política

Imóvel tombado provoca polêmica

JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

O vereador Rodrigo Si­mões (PDT) protocolou ofício no Ministério Público Esta­dual (MPE), na prefeitura de Ribeirão Preto, no Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município (Conp­pac), Associação Comercial e Industrial (Acirp) em que pede a união de todos para encontrar uma solução para o antigo casarão da família Al­bino Camargo, localizado na rua Visconde de Inhaúma nº 241, perto das praças XV de Novembro e Carlos Gomes, no chamado Centro Histórico.

Construído em 1923 por Al­bino Camargo Neto, o imóvel é considerado um importante pa­trimônio histórico e cultural da cidade e foi tombado pelo Con­pacc em processo iniciado em 8 de junho de 2004, mas encon­tra-se em ruínas. Sem projeto de restauração nada sobrou da construção original em alvena­ria, vigas de madeiras, pisos em tacos e ladrilhos hidráulicos, es­trutura de madeira para pisos do pavimento superior e telhado, além do forro em estuque sob telhas cerâmicas.

Recentemente, a família pro­prietária do imóvel apresentou ao vereador um projeto específi­co para que as autoridades com­petentes neste assunto possam analisar o pedido. Como o pré­dio está totalmente deteriorado, os proprietários propõem pre­servar o que for possível – como um portal de entrada existente no local – e fazer um painel com partes da estrutura do imóvel. Eles também pedem a revoga­ção do tombamento.

“Não podemos esbarrar na burocracia. Temos que respei­tar a legislação de tombamento, mas temos a obrigação de bus­car a solução para o casarão, que hoje está em ruínas. É problema de saúde e segurança pública. Com bom senso, equilíbrio e força de vontade encontrare­mos a melhor alternativa para o imóvel”, explica Rodrigo Simões. Nesta quinta-feira, 26 de setem­bro, o vereador tem reunião com o promotor de Habitação e Urbanismo de Ribeirão Preto, Wanderley Trindade, para dis­cutir o assunto.

A ideia da família, represen­tada pela herdeira Maria Lúcia de Camargo Junqueira, é cons­truir um memorial em frente à fachada do prédio, com a insta­lação de painel alusivo à fachada histórica do imóvel, ou de recu­perar a estrutura que sobrou, a protegendo com uma estrutu­ra metálica. A restauração, no entendimento, dos herdeiros, é impossível porque o casa­rão foi erguido na década de 1920 e não há mais pessoas para recuperar as caracterís­ticas do patrimônio.

Além de procurar o verea­dor Rodrigo Simões, a família também enviou uma solicitação ao Conppac, que questiona a proposta afirmando que foram cometidas infrações contra a manutenção do patrimônio. A decisão, poré, vai depender do Ministério Público porque a Promotoria de Habitação e Urbanismo interditou o imó­vel após os incidentes pelo qual passou – incêndios, invasões por parte de moradores de rua, furto de material etc. Ressalta ainda que na época do tombamento o imóvel estava quase que total­mente preservado.

O Casarão Albino Camargo foi construído em 1923 e perten­ceu a Albino Camargo Neto, que foi prefeito de Ribeirão Preto no início dos anos 1930, além de ter sido vereador e ter atuado em outras funções na cidade, inclu­sive, como jornalista.

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