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Imóveis próximos a obras paradas poderão ser isentos de impostos

ALFREDO RISK

A Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto vota nesta terça-feira, 21 de dezembro, projeto de lei que prevê isenção de impostos e taxas municipais para imóveis e estabelecimen­tos localizados no entorno de obras paralisadas na cidade. De autoria do vereador Mau­rício Gasparini (PSDB), a isen­ção compreenderia o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), o Imposto Sobre Ser­viços de qualquer natureza (ISS) e toda e qualquer taxa municipal incidente sobre as atividades desenvolvidas pelas pessoas jurídicas localizadas no entorno destes locais. O be­nefício teria validade até a data da entrega definitiva das obras.

Segundo Gasparini, o obje­tivo é minimizar prejuízos. “A intenção dessa propositura é amenizar, aliviar os prejuízos suportados pelos cidadãos, por pessoas físicas e jurídicas, dire­tamente impactados pelas di­versas obras paradas por toda cidade”, afirma na justificativa da proposta.

O parlamentar afirma que a iniciativa não é inconstitu­cional, já que também cabe aos vereadores legislar sobre ma­téria tributária, como é o caso da isenção de tributos munici­pais. “Nesse sentido, já decidiu o Supremo Tribunal Federal, observando que a iniciativa do processo legislativo em maté­ria tributária pertence tanto ao Poder Legislativo quanto ao Poder Executivo”, argumenta.

Atualmente Ribeirão Preto tem dois viadutos, um túnel e dois corredores de ônibus pa­ralisados em função da resci­são de contratos da prefeitura com as empresas Contersolo e Coesa, responsáveis pelas qua­tro obras do Programa Ribei­rão Mobilidade. A Contersolo era responsável pela constru­ção de dois viadutos na ave­nida Brasil, Zona Norte da ci­dade. Um deles no cruzamento com a avenida Mogiana e outro com a avenida Thomaz Alberto Whatelly. Também era respon­sável pela construção de um tú­nel que deverá ligar as avenidas Independência e Presidente Vargas, passando por baixo da avenida Nove de Julho.

Já a Construtora Coesa era responsável pela responsável pelas obras de dois corredo­res de ônibus na cidade. Os corredores estavam sendo im­plantados em eixos das aveni­das Dom Pedro I, no Ipiranga e Saudade/Rua São Paulo, no bairro Campos Elíseos.

Tanto a Contersolo como a Coesa haviam suspendido as obras, alegando aumento do preço dos insumos – materiais de construção – que teriam inviabilizado a continuidade delas. Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas as novas licitações para o tér­mino das obras – que deveriam ter sido finalizadas em outubro -, ainda estão em fase de ela­boração. Já as obras só devem ser reiniciadas, após o processo licitatório, no primeiro trimes­tre do próximo ano.

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