O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pediu demissão nesta sexta-feira. A carta de demissão foi entregue por Imbassahy ao presidente Michel Temer por volta das 16h20 em São Paulo, onde os dois cumpriam agenda oficial . Temer aceitou o pedido.
“Fazer parte do seu governo foi, para mim, uma honra. Atuar na articulação política em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais, representou um grande desafio”, diz a carta.
No final de novembro, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a ser indicado pelo PMDB para o lugar no Imbassahy, mas o Planalto depois recuou. Marun disse, na época, que estava à disposição do Presidente para assumir a secretaria, mas que ainda não tinha recebido o convite.
“Não fui convidado, mas fico à disposição do Presidente”, afirmou o deputado.
A Secretaria de Governo é o ministério que cuida da articulação política do Poder Executivo com o Congresso. A pasta fica dentro do Palácio do Planalto e tem grande peso político.
Ao dizer que “novas circunstâncias se impõem no horizonte”, o ex-ministro afirma que o PSDB “decidiu apoiar o governo sem contrapartida alguma, além de um compromisso programático”.
Na prática, a saída de Imbassahy da equipe dilui o impacto político da convenção do PSDB, que será realizada neste sábado, em Brasília. “Esse questão do desembarque é página virada”, disse o líder da bancada do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP)
O titular das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanecerá no posto. A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, deverá deixar o cargo nos próximos dias. A saída de Imbassahy já era assunto no Planalto desde novembro, após a saída do também tucano Bruno Araújo do Ministério das Cidades.