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Imagem inédita do Hubble é divulgada

NASA/DIVULGAÇÃO

A Agência Nacional de Espaço e Aeronáutica dos Es­tados Unidos (Nasa, da sigla em inglês) está celebrando os 30 anos do telescópio es­pacial Hubble. Para a come­moração, a Nasa divulgou uma imagem inédita de duas nebulosas (nuvens formadas por poeira cósmica, hidrogê­nio e gases ionizados a partir de restos de estrelas).

A imagem do Hubble mos­tra a nebulosa vermelha gigante (NGC 2014) e sua vizinha azul menor (NGC 2020), que fazem parte de uma vasta região de formação de estrelas na Gran­de Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, localizada a 163 mil anos-luz de distância. A imagem foi apelida­da de Recife Cósmico, porque se assemelha ao mundo submari­no, informou a Nasa.

O telescópio decolou, em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery, jun­tamente com uma equipe de cinco astronautas. Um dia de­pois, o Hubble entrou em órbita e tem ajudado a fazer descober­tas sobre o universo e fornecido imagens impressionantes.

O Hubble produziu até agora 1,4 milhão de observações e for­neceu dados usados para escre­ver mais de 17 mil publicações científicas. Segundo a Nasa, seus arquivos abastecerão ainda futu­ras pesquisas astronômicas nas próximas gerações.

De acordo com a Nasa, a longevidade do Hubble pode ser atribuída a cinco missões de manutenção, de 1993 a 2009, nas quais os astronautas atua­lizaram o telescópio com ins­trumentos avançados e fizeram reparos em órbita.

A expectativa da agência é de que o telescópio espacial perma­neça em operação durante a dé­cada de 2020, em sinergia com o próximo telescópio espacial Ja­mes Webb. O Hubble fica a 552 quilômetros da Terra em relação ao nível do mar, em órbita no planeta, e trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana.

O telescópio foi batizado em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble, e seus registros têm contribuindo ao longo dos anos para diversas desco­bertas na área de astronomia, além de belos registros de fe­nômenos e corpos espaciais. Até 2015, o Hubble foi usado como base para 1,2 mil arti­gos científicos a partir de suas observações. Em 2019, por exemplo, o Hubble registrou o choque entre duas galáxias.

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