Tribuna Ribeirão
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Iluminação III 

Cleison Scott * 
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O grande espiritualista e pensador contemporâneo Dr. Masaharu Taniguchi, (1893 – 1985) PHD em Filosofia, em 1930 fundou a Seicho-No-Ie que, em japonês significa ‘Lar do Progredir Infinito’. Seu intento, como ele mesmo afirma em muitos dos 300 livros que escreveu entre 1930 e 1985 quando partiu para o mundo espiritual, foi fundar uma ciência mental com a qual as pessoas pudessem se livrar de todo o sofrimento da vida na ignorância; (que fazia questão de deixar claro se referia à falta de conhecimento tanto de si mesmas quanto do mundo à sua volta). 
 
Apenas como um dos inumeráveis exemplos de correção da postura mental, que leva à solução natural do problema, vamos transcrever um caso relatado no volume 7 da coleção A Verdade (páginas 101 a 104). 
 
Uma senhora idosa com paralisia em um dos lados do corpo o procura dizendo que vinha orando muito à divindade Fudõmiõ (Divindade do Xintoísmo), mas suas preces não estavam sendo atendidas, já que não sentia nenhuma melhora. Resumidamente o Dr. Taniguchi a orientou que o poder de cura não estava na estatua daquela divindade ou em qualquer outro lugar, e sim dentro dela mesma. Depois de orarem juntos para despertar a própria perfeição dela (Reino de Deus no Cristianismo) a senhora se curou ao perdoar alguém com quem tinha algum tipo de desavença. O Dr. Taniguchi encerra o tema esclarecendo: 
 
Coletar fatos, sistematizá-los e descobrir os princípios comuns – assim é a ciência. Sob esse ponto de vista, pregamos algo científico. Pode-se dizer que a Seicho-No-Ie não é uma simples religião, e sim uma ciência. Mas isso não significa que lidamos com a ciência material. Nossa área é a ciência mental”. 
 
“Os aparentes mistérios da vida, com as experiências que os acompanham, quando bem compreendidos, são bênçãos sob falsas apresentações, porque qualquer experiência que nos faça voltar com mais firmeza para a Una Presença EU SOU, Deus em ação, ter-nos-á sido de um maravilhoso proveito e benefício. 
 
A situação desafortunada em que se encontram as pessoas ocorre porque elas visam eternamente às fontes exteriores para obter inspiração e também Amor, que nada mais é do que a Suprema Presença e Poder do Universo. 
 
Sejam quais forem as condições que tivermos que enfrentar, não devemos em tempo algum, esquecer a Verdade de que o Amor é o Centro do Universo, em torno do qual tudo gira. 
 
Isso não significa que devemos amar desarmonia, discórdia, ou qualquer coisa diferente do Cristo; ao contrário, devemos amar Deus em Ação em toda parte presente, porque o oposto ao ódio é o Amor e não se pode odiar em qualquer sentido sem antes ter amado profundamente”. 
 
Esses ensinamentos da pag 91 do Livro de Ouro de Saint Germain, faz todo o sentido, quando lembramos que, como Filhos de Deus, nossos corpos físicos são Centros energéticos gravitacionais, com a capacidade de qualificar a Energia Divina, na qual vivemos imersos, 24hs/dia, eternamente. No entanto, essa nossa capacidade é uma faca de dois gumes, uma vez que estamos habituados a, quando nos deparamos com um assunto desagradável, enxergar seus aspectos negativos e neles fixar a atenção, buscando meios de corrigi-lo. Mas, somos Poderosos Cocriadores, com capacidade de potencializar tudo em que nossa atenção se prende – consciente ou inconscientemente. 
 
Por isso, temos que ser vigilantes e obedecer ao Cristo, construindo nossa casa sobre a rocha, mantendo nossa atenção (nossa energia) concentrada nos aspectos positivos das pessoas, coisa e fatos. 
 
Fomos educados e estamos condicionados a pensar que ignorar o “mal” aparente é ser indiferente à dor alheia, omisso. Porém, o Cristo disse: “Sois Deuses e não sabeis”, nos alertando para o fato de que, como Poderosos focos energéticos – consciente ou inconscientemente – aumentamos (potencializamos) todas as situações sobre as quais fixarmos nossa atenção. 
 
Condicionados a acreditar que só conseguiremos  alterar uma situação se – fisicamente – interferimos nela, o ser humano vem aplicando essa lógica desde sempre e o resultado é o que vemos. Ocorre que o físico nasce no imponderável, além de ser ínfimos 0,00001% do total da energia envolvida. Segundo Rousseau é manifestamente contra a Lei da Natureza que o pequeno determine a ação do grande, já que não passa e uma ínfima parte deste. No momento que atravessamos isso é da maior importância, porque tudo está exacerbado no Planeta em transição, onde cada vez mais, um número cada vez menor de pessoas age com racionalidade e lógica. 
 
Conclusão: “Ignorar o mal é tirar-lhe a comida, deixando-o morrer de inanição”. 
 
* Administrador de empresas, com especialização em Marketing 

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