Algumas pessoas que abriram o iFood na noite desta terça-feira (2) tomaram um susto quando viram os nomes de alguns estabelecimentos. No lugar de nomes de restaurantes e pizzarias, foram encontradas mensagens antivacina, e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
O erro não foi geral, tendo atingido somente 6% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma. Porém, o tópico iFood se tornou um dos mais comentados do Twitter na noite deste último dia de feriado prolongado.
Entre os nomes trocados, estavam mensagens como “Lula Ladrão”, “Vacina mata” e “Bolsonaro 2022”. Entre os locais em que foram observadas as mudanças de nomes de restaurantes do iFood, estão Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, e Natal, no Rio Grande do Norte.
Falha interna
Em nota, o iFood declarou que não se tratava de um ataque hacker, como foi a possibilidade mais aventada nas redes sociais. Segundo a empresa, o incidente foi causado por um funcionário de uma empresa prestadora de serviço com permissão para ajustar informações cadastrais de restaurantes.
O funcionário em questão teria usado suas permissões de forma indevida. O iFood informou que o acesso da prestadora de serviço já foi retirado e os nomes dos restaurantes estão sendo restabelecidos no momento.
De acordo com o iFood, os dados de cartões de crédito cadastrados na plataforma não foram visualizados ou invadidos e seguem seguros. Os dados de meios de pagamento não são armazenados nos bancos de dados do iFood e ficam apenas nos dispositivos dos usuários.
Também não há nenhum indício de vazamento da base de dados pessoais dos clientes ou entregadores cadastrados no iFood, o que dá a entender que se tratou de uma espécie de “pegadinha” de alguém de dentro da empresa com acesso aos dados de restaurantes.
“Vingança” pelo Flow?
Nas redes sociais, muita gente associou a mudança dos nomes dos restaurantes, e o teor político dos novos nomes que foram inseridos, com o fato de a empresa ter retirado o apoio ao Flow Podcast, na última sexta-feira (29).
Para alguns usuários, principalmente do Twitter, a ação foi uma espécie de retaliação contra o iFood pela retirada do apoio ao podcast, que é um dos maiores do Brasil em audiência no YouTube e nas plataformas de streaming.
O iFood encerrou a relação comercial com o Flow após uma série de comentários polêmicos feitos pelo apresentador Bruno Aiub, o Monark, no Twitter. Algumas postagens foram entendidas como relativizadoras do racismo e em defesa da não vacinação contra a Covid-19.
Via Olhardigital