Um dos principais centros culturais do interior de São Paulo, o Instituto Figueiredo Ferraz, de Ribeirão Preto, em comemoração aos dez anos de atividades da instituição, abrirá ao público neste sábado, 9 de outubro, três exposições. A visitação no dia de estreia será das 14 às 19 horas. O uso de máscara é obrigatório.
A primeira exposição é “Em Branco”, com curadoria de João Carlos de Figueiredo Ferraz e Marcelo Guarnieri. A segunda é “Paisagens possíveis”, com pinturas da artista plástica Mariannita Luzzati. Por fim, “Fotografo o que não vejo”, que reúne fotografias da Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz.
O IFF abriga mais de mil obras da coleção do casal Figueiredo Ferraz e, desde sua criação, em outubro de 2011, já recebeu mais de 50 mil visitantes nas mostras, cursos e projetos educativos que promove na região. “Em branco” reúne 60 obras de 49 artistas e ficará em cartaz até 17 de dezembro de 2022.
As exposições “Paisagens possíveis”, de Mariannita Luzzati, e “Fotografo o que não vejo”, com imagens de 21 artistas da Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, permanecerão no Instituto Figueiredo Ferraz até 7 de maio do ano que vem. A visitação é permitida de terça-feira a sábado, das 14 às 18 horas, com entrada livre e gratuita.
O Instituto Figueiredo Ferraz fica na rua Maestro Ignácio Stabile nº 200, no Alto da Boa Vista, na Zona Sul de Ribeirão Preto. O telefone para mais informações é o (16) 3623-2261. Outras orientações podem ser obtidas no site oficial da instituição (www.iff.art.br). As exposições dão prosseguimento ao projeto do instituto de levar ao público diferentes olhares e recortes dos artistas presentes na coleção de Dulce e João Carlos, procurando dar uma ideia da potência dessa coleção.
“Em Branco”
Realizar uma exposição reunindo as obras brancas da coleção já era um desejo antigo de João Carlos de Figueiredo Ferraz, falecido em setembro de 2021. Mas foi em uma conversa com seu amigo Marcelo Guarnieri, em julho de 2019, que essa ideia tomou forma. Visitando uma mostra de Luiz Paulo Baravelli, uma obra intitulada “Arquitetura/Pintura” lhe despertou a atenção e tornou-se o ponto de partida para edição presente no Instituto Figueiredo Ferraz.
Para o curador Marcelo Guarnieri, uma fotografia de Yamamoto Masao composta pela figura de um homem em contraluz a observar um grande vazio formado por uma fenda, de forma particular, resume o conceito dessa mostra. “Para nós ocidentais o branco é a cor da luz, a cor da paz… Na cultura oriental também é a cor do luto”, diz.
“Paisagens Possíveis”
Nascida em São Paulo em 1963, Mariannita Luzzati é uma das pintoras mais emblemáticas da geração 90. Possui obras em coleções do mundo todo, incluindo a coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, que conta com cinco obras suas no acervo. Luzzati apresentará 23 telas de pequenas e de grandes dimensões. Algumas já realizadas e outras em fase de finalização.
“Fotografo o que não vejo”
No anexo IFF, a exposição “Fotografo o que não vejo” reúne 30 trabalhos de 21 artistas da Coleção Figueiredo Ferraz. Trata-se de fotografias e impressões digitais (datadas de 1938 a 2019), que ao passo que compõe o universo das imagens técnicas, marcado por uma complexa rede de reprodutibilidade e distribuição em massa, subvertem-no devido ao caráter artístico experimental que lhes confere singularidade.
É possível dizer que existe um espaço generoso para as fotografias e impressões digitais na coleção Figueiredo Ferraz. Esta pequena mostra, que será, provavelmente, à primeira de muitas dedicadas a essa linguagem, não esgota as inúmeras possibilidades de relações, olhares e discussões que outras exposições, com obras em maior ou menor quantidade, são capazes de suscitar.