Tribuna Ribeirão
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IA – Inteligência artificial  

Sérgio Roxo da Fonseca *  
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Taís Costa Roxo da Fonseca ** 
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Dez séculos antes de Cristo, o poeta grego Homero, registrou, mais de uma vez, que os homens tinham necessidade de comunicar-se com Zeus, para que pudessem estar informados pelo que ocorria com a Guerra de Tróia.  
 
O grego Homero registrou que a ligação encontrada entre a terra e os deuses do Olimpo, era completada por Iris, que subia e descia da terra aos céus com uma precisão milimétrica. 
 
A famosa Iris, responsável pela comunicação e pela informação, realizava a sua tarefa, valendo-se de um arco que ligava a indagação dos terráqueos com a jurisdição de Zeus. O seu arco ganhou o prêmio da eternização. O arco de Iris passou a ser conhecido como “arco Iris”.  
 
A transmissão dos fatos, dependem tanto do testemunho da sociedade como dos instrumentos possíveis de locução. 
 
A resposta encontrada tem sua chave num dos mais extensos livros escritos tanto pela cultura como pela necessidade humana:“Ilíada”. Para vencer a guerra de Troia, os adversários, antes de tudo, necessitavam tanto das comunicações divinas quanto das informações humanas. A receita foi reproduzida, não apenas para as guerras, mas, também para satisfazer a fome cultural de todos que viveram e vivem, em tempo de paz ou de guerra. Seguramente, o “arco Iris” ganhou grande prestígio.  
 
Demonstra esta evidência o registro histórico do nascimento e da morte do Liceu de Aristóteles, outro grego, que propôs a divisão dos poderes em três partes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A sua lição sobrevive até hoje. O regime jurídico do Brasil divide-se em três poderes; O Legislativo cria a lei. O executivo aplica a ler.O Judiciário controla a aplicação da lei.  
 
A escola de Aristóteles foi fechada por decreto romano cerca de 500 anos depois da morte de Cristo. O rei romano acreditava que os discípulos de Aristóteles pregavam contra o cristianismo. 
 
Aristóteles revelou mais. A comunicação humana depende, na sua base, apenas de cinco vínculos, a saber: a) o sinal de negação; b) o conjuntivo “e”; c) o disjuntivo “ou”; d) o condicional “se”; e o bicondicional “se e somente se”. 
 
Andei estudando o deus grego Hermes. Aquele que toda noite tranca a porta da minha casa que assim fica “hermeticamente” trancada. 
 
No museu de Istambul, que no passado era Constantinopla, há uma estátua de pedra figurando uma mulher levantando seu vestido de pedra  exibindo seu órgão sexual que é masculino. Perguntei ao meu guia o que tinha ela com o deus Hermes. Esclareceu-me que era ela a filha de Hermes com divina Afrodite, que, portanto tinha dois sexos. Chamava-se “Hermafrodita”. Lembrei-me que aa metade do século XX no Brasil o homossexual era conhecido como ”hermafrodita”. 
 
A possibilidade ou a impossibilidade de ser e existir certamente depende de, até hoje, da transmissão da sua veracidade por intermédio das palavras, das dores e dos sabores transmitidos pelos ancestrais.  
 
Nos dias de hoje as palavras podem ser conhecidas e combinadas umas com as outras mecanicamente, por uma máquina, que se atreve a combinar uma com a outra como um homem ou a mulher. 
 
O fenômeno foi batizado com apenas duas letras “IA”(inteligência artificial) A máquina parece que fala? Não. A máquina parece que pensa! Estou me esforçando lendo o livro “Inteligência Artificial”, escrito pelo chinês Kai-Fu Lee, publicado pela editora Globo-Livros.  
 
Uma máquina pode entender o que diz outra máquina? E duas máquinas podem compreender o que um homem fala ou pensa? O chnesLee responde que a interlocução por ser completada se o homem for simples. Simples? E as máquinas? 
 
Temos o dever histórico de buscar respostas. 
 
* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras 
 
** Advogada 

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