Tribuna Ribeirão
Geral

Hospital terá mais sete leitos de UTI

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A prefeitura de Ribeirão Pre­to vai ampliar o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva para o tratamento de pacientes com covid-19 no Hospital San­ta Lydia. Hoje, a unidade conta com 25 vagas na UTI e 15 na enfermaria. Com a ampliação, a instituição municipal de saúde passará a ofertar 32 leitos para pacientes que desenvolvem a forma grave da doença.

“O Estado nos enviará dez res­piradores, sendo que três ficarão de reserva. Isso nos possibilitará a ampliação de leitos na cidade e, assim, garantir assistência médica para população. Vamos também ampliar o quadro de profissio­nais da saúde”, diz o prefeito Du­arte Nogueira (PSDB).

O diretor superintendente da Fundação Santa Lydia, Mar­celo Carboneri, explica que o processo de contratação está em andamento. O quadro de 320 profissionais que já trabalham no hospital será reforçado com mais 28 técnicos de enferma­gem, dez enfermeiros, quatro médicos, seis fisioterapeutas, seis profissionais de limpeza, nu­tricionista e auxiliar de farmácia.

“Abrir leitos de UTI deman­da uma estrutura complexa de equipamentos, insumos e re­cursos humanos. Já demos iní­cio às contratações, sendo que a previsão para os profissionais começarem a atuar é até o dia 8 de fevereiro”, diz Carboneri.

“Além, de recursos humanos os leitos de UTI necessitam de equipamentos e insumos como sete monitores, carrinho de ur­gência, camas, 28 bombas de infusão, respiradores, cardiover­sor, materiais e medicamentos, além da necessidade de reforçar o estoque de oxigênio”, explica.

O prefeito diz que nas últi­mas três semanas foram abertos 73 novos leitos de UTI na cidade, aumento de 74%. Porém, com média diária de novos casos su­perior a 200, mesmo que a cidade disponibilize novas vagas haverá colapso no setor parte desses contágios for de natureza grave.

O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto também vai am­pliar os leitos destinados para pa­cientes de covid-19 nas próximas semanas. Serão dez na próxima, a primeira de fevereiro, e, no decor­rer do mês, mais 18. Já para esta segunda-feira (1º) há a previsão de que cinco vagas de terapia intensiva começam a funcionar.

O HC também destinará R$ 15 milhões para a contratação de 252 novos profissionais de saúde. Entre eles, estão mais de 100 técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e 45 médicos. O acordo feito com a Secretaria de Estado da Saú­de era de 48 leitos. Mas, com a evolução dos casos na cidade, foi preciso aumentar este número.

A ocupação de leitos de tera­pia intensiva estava em 82,9% às 19 horas desta sexta-feira, 29 de janeiro, em Ribeirão Preto, mes­mo com a abertura de novas vagas. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia pacientes internados em 145 das 175 va­gas disponibilizadas pelos onze hospitais da cidade. Na enfer­maria, a taxa era de 64,2% no mesmo horário, com 111 dos 173 leitos ocupados.

Apesar da abertura de novas vagas, o sistema trabalha no li­mite. O número de leitos é vari­ável, muda a cada dia de acordo com a necessidade. Depois de atingir 100% de ocupação no dia 7, nas unidades Campus e de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi­cina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HC­FMR/USP), estavam com 94,7% dos leitos de terapia intensiva ocupados no mesmo horário desta sexta-feira.

Segundo a plataforma, as duas unidades do HC reduzi­ram o número de leitos de Uni­dade de Terapia Intensiva (UTI) de 89 para 40, depois para 20, caiu para 15, saltou para 18, na sexta-feira subiu para 23, chegou a 28 e agora foi a 38, sendo que 36 estavam ocupados.

Na enfermaria caiu de 52 para 33 leitos, subiu para 35 e caiu para 29. Ontem abrigava 16 pacientes com quadro menos grave da covid-19, ou 55,2% de ocupação. Ribeirão Preto tinha 69,9% de ocupação de leitos de UTI no dia 28 de janeiro (era de 71,1% no dia 21 e de 67,5% no dia 14) e taxa de 16,9 de terapia intensiva para cada 100 mil ha­bitantes (era de 15,4 vagas até dia 21 e de 13,4 até dia 14).

Para rebaixar Ribeirão Preto e as outras 25 cidades da área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII) para a fase vermelha, o Centro de Contingência do Coronaví­rus do governo estadual consi­derou a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva na região, que tem maior peso no Plano São Paulo.

Em uma semana, o Depar­tamento Regional de Saúde apre­sentou piora nos índices de vagas em UTI, passando de 73,1% para 82%, taxa de fase vermelha. O DRS-XIII, com sede em Ribeirão Preto, é o terceiro pior do Estado no quesito de ocupação em lei­tos de terapia intensiva, ficando atrás apenas das regiões de Bau­ru (86,3%) e Marília (83,4%).

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