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Hospital de campanha: quando, prefeito Nogueira?

Sejamos justos: as obras viárias estão sendo entregues. Perfeitas? Claro que não, porque atendem aos conceitos dos seus projetistas ou de quem os contratou. Pessoal­mente, correspondem. Mas tem coisa mais importante para o momento: o aprofundamento da crise (covid), a vacinação morosa, o aumento dos infectados e interna­dos, o colapso hospitalar, o generalizado sentimento de mais vidas em riscos, fora os milhares de mortos e a dor que é real em todos os segmentos da comunidade.

Depois do primeiro ano, a crise piorou. Os recor­des diários são os atuais. A própria OMS declarou que estamos na quarta onda da pandemia. Só a vacinação não resolve, porque é lenta e não impede as mortes. Espera-se que os administradores públicos hajam, a começar dos municípios, com recursos próprios ou das suas comuni­dades. Em 2020 surgiram hospitais de campanha, aqui não (?). Alguns foram desfeitos precipitadamente e estão sendo reativados. Ribeirão tem condições para evitar uma tragédia maior. Em outro artigo (Ribeirão + 1000 leitos para a crise) há dois itens fundamentais.

“8. A Prefeitura local conta com a Cava do Bosque e Parque Permanente de Exposições. Além dos ginásios esportivos da Atlética do Banco do Brasil, Ipanema, Re­creativa, Sesc, Sesi, mais os salões sociais de uma dezena de clubes, USP, OAB, Apae, sede do Rotary e outros, com infra estrutura (sanitários, cozinhas, etc). Pelas áreas, comportam muito mais de 1.000 (mil) leitos e instalações técnicas. Se não existissem, poderia se cogitar dos esta­cionamentos (cobertos) dos Shoppings. Se o momento é típico de uma “guerra”, na Segunda os europeus criaram abrigos subterrâneos que hoje tem uso comercial.

9. Acadêmicos das nossas Faculdades de Medicina, Enfermagem e Farmácia, públicas e privadas, podem se somar aos voluntários. Nestas horas não se exclui a mão de obra do Tiro de Guerra, Guarda Civil e Polícia Militar. Trabalhadores temporários poderão ser contratados em menor número. Há ferramentas jurídicas que legalizarão a prática.”

Por que não aproveitar aqui o que já serviu (deu certo) em outros lugares ? Não dá para acreditar que seja questão pessoal de político (vaidade). Nem que falte sensibilidade ao prefeito Nogueira. Afinal não há outra obra mais valiosa à nossa população para esses quatro anos do Prefeito, que está ao iniciá-los. Seu desempenho nesta questão poderá apagar tudo que fez para ser reeleito e ficará “queimado”.

Por que não agir com a liderança dos milhares de votos tão recentes ? Certamente não lhe faltará o apoio da Câmara de Vereadores, muito menos da iniciativa privada. Ou há recomendações contrárias (sigilosas) de Doria-2022?

Não acredito, já que tem se mostrado pouco fiel à liderança do governador. A decisão é de caráter local, a se resolver no Palácio Rio Branco (com ou sem a par­ticipação da Associação Comercial e Industrial), com portas abertas. Ou devemos pensar diferente, Prefeito? A gravidade do momento assim exige, enquanto ainda não temos internados em macas, ambulâncias ou já empilha­dos em “baús” frigoríficos. Dr. Nogueira (o médico), não causaria estas palavras.

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