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Horário de verão volta à zero hora

Chegou a hora de adiantar o relógio. Começa à zero hora deste domingo, 15 de outubro (meia-noite de sábado, dia 14), o horário de verão 2017/2018, que terá 126 dias e vai até a meia-noi­te de 17 de fevereiro. Esta talvez seja a última edição da medida. O Ministério de Minas e Energia já avisou que fará uma enquete para saber se a população é favor ou contra o fim do sistema.

Estudos apontam que o ho­rário não proporciona economia de energia. Isso se deve princi­palmente à popularização dos aparelhos de ar-condicionado, item que consome muita ener­gia. O pico de demanda atual­mente ocorre no início da tar­de, entre 14h e 15h, quando a temperatura está mais alta. No passado, o “vilão” da conta de luz era o chuveiro elétrico e o momento de maior demanda ocorria entre o fim da tarde e o início da noite, entre 17h e 20h.

A CPFL Paulista, que atende 4,3 milhões de unidades con­sumidoras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto – prevê que o horário de verão 2017/2018 traga economia de 41,3 mil MWh no consumo de energia em sua área de conces­são. Esse volume seria suficiente para abastecer 17,2 mil famílias por um ano com um consumo mensal de 200 kWh.

A quantidade de energia eco­nomizada seria suficiente para atender uma cidade do porte de Ribeirão Preto, com quase 700 mil habitantes, por nove dias – Barretos por 44, Franca por 22, Jaboticabal por 95, Campinas por quatro, Bauru por 17, São José do Rio Preto por 15 dias, Araraquara por 22, Marília por 29, Paulínia por 13 e Sumaré por 16 dias.

Na última edição, a redução estimada na área de atuação da CPFL Paulista, nos 126 dias de duração da medida, foi de 0,40% – a economia estimada em 2016/2017, de 48.286 me­gawatts/hora (MWh), seria su­ficiente para abastecer Ribeirão Preto por nove dias.

O novo horário de verão vale nas regiões Sul, Sudeste, Centro­-Oeste e Distrito Federal. Ao melhorar o aproveitamento da luz natural pela população, a iniciativa tem como principais objetivos reduzir o consumo de energia e diminuir a demanda no horário de pico, das 18h às 21h, diz o diretor de Operações da Distribuição da CPFL Ener­gia, Thiago Guth.

Além da economia no con­sumo de energia, outro ganho está em diminuir os riscos de sobrecarga no sistema elétrico no horário de pico de consumo. No período de pico, há expec­tativa de uma redução de 2,5 % na demanda de energia, o que contribui para reduzir a geração das termelétricas (mais caras e poluentes).

Histórico – A medida foi adotada pela primeira vez no Brasil em 1931, mas de forma consecutiva acontece há 28 anos. Os estados que adotam a medida são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espí­rito Santo, Minas Gerais, Goi­ás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Em 8 de dezembro de 2008, foi assinado pelo então presiden­te Luiz Inácio Lula da Silva o decreto de número 6.558, que estabelece os padrões para as futuras horas de verão em par­te do território nacional.

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