Após o ataque de 27 de março na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, quando um adolescente de 13 anos matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e deixou outros educadores e alunos feridos, agora mais uma atentado foi registrado no país, desta vez em Blumenau, Santa Catarina.
Um homem invadiu uma creche em Blumenau e matou ao menos quatro crianças na manhã desta quarta-feira, 5 de abril, segundo a Polícia Militar. O suspeito teria chegado em uma motocicleta, pulou o muro e atacou os estudantes que estavam em um parque nos fundos da unidade.
O caso ocorreu no Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, localizado na rua dos Caçadores, bairro Velha. A ocorrência mobiliza Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), agentes de trânsito e até mesmo ambulâncias particulares. Uma quinta criança estaria em estado grave, ainda conforme a polícia.
Outros ataques em escolas do Brasil
São Paulo (SP), 2023 – Em 27 de março, um adolescente de 13 anos, aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, invadiu o local e matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, deixando ainda outros educadores e alunos feridos.
Ipaussu (SP), 2022 – Em 14 de dezembro, um ex-estudante de 22 anos invadiu uma escola estadual e feriu com golpes de faca duas professoras em Ipaussu, no interior de São Paulo. O agressor fez outro professor refém, colocou a faca em seu pescoço e resistiu à abordagem da polícia, mas acabou se entregando.
Aracruz (ES), 2022 – Em 25 de novembro, um adolescente de 16 anos deixou quatro pessoas mortas – três professoras e uma aluna de 12 anos – após invadir duas escolas em Aracruz, no norte do Espírito Santo. No momento do crime, o adolescente ostentava uma suástica (símbolo nazista) em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial). Ele foi apreendido e cumprirá até três anos de internação em unidade socioeducativa.
Sobral (CE), 2022 – Um estudante de 15 anos morreu e dois ficaram feridos após um adolescente, também de 15 anos, disparar contra os três colegas na Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, no dia 8 de outubro. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) e foi apreendido.
Morro do Chapéu (BA), 2022 – No dia 27 de setembro, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, em Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca.
Barreiras (BA), 2022 – No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste do Estado. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola o detiveram com tiros. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.
Saudades (SC), 2021 – O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.
Suzano (SP), 2019 – Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.
Medianeira (PR), 2018 – Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos – no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.
Goiânia (GO), 2017 – Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.
João Pessoa (PB), 2012 – Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.
Realengo (RJ), 2011 – Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.
São Caetano do Sul (SP), 2011 – Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.
Taiúva (SP), 2003 – Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.
Salvador (BA), 2002 – Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.
São Paulo – Uma professora de 57 anos ficou ferida na terça-feira (4) após quatro pessoas lançarem um artefato explosivo em direção ao estacionamento da Escola Estadual Maria Eugênia Martins, no Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo. O episódio aconteceu depois das aulas, na saída dos estudantes.
De acordo com a Polícia Militar, que foi acionada por volta das 13 horas, a professora teve ferimentos leves e foi socorrida e encaminhada para o Hospital Universitário. Os quatro responsáveis por acionar o artefato estão foragidos, e ainda não há informações sobre a motivação do ato de vandalismo – nem as identidades dos quatro suspeitos.
De acordo com a PM, câmeras de segurança da escola flagraram o momento em que o quarteto, do lado de fora do colégio, acionou e disparou o explosivo em direção ao estacionamento. A ocorrência foi registrado no 93° Distrito Policial (DP), em Jaguaré, que investiga o caso.