A hipertensão, também conhecida como pressão alta, é uma doença crônica silenciosa que, no mês de maio, ganha destaque no calendário de saúde para conscientização a respeito da doença. Com mais de 30 milhões de brasileiros diagnosticados, dados do Ministério da Saúde mostram que o número de adultos hipertensos aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. No caso de mortes, o aumento é de 72% nos últimos dez0 anos.
Nesta sexta-feira, 17 de maio, é Dia Mundial de Combate à Hipertensão. A condição da doença vem na elevação da força do fluxo sanguíneo contra as paredes das artérias ao longo do tempo. Isso ocorre quando as artérias se tornam mais estreitas, ou quando o volume de sangue bombeado pelo coração aumenta. Segundo o cardiologista do Grupo São Lucas, Leon Macedo, fatores como genética, dieta rica em sal, obesidade, falta de atividade física, e certas condições médicas podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão.
“Muitas vezes a doença é chamada de ‘assassina silenciosa’, porque não costuma apresentar sintomas claros até que cause danos significativos ao corpo. No entanto, sintomas como dor de cabeça severa, fadiga, confusão, problemas visuais, dor no peito, dificuldade para respirar e batimentos cardíacos irregulares podem ocorrer em estágios mais avançados da doença. Mas é importante saber que na maioria dos casos não tem nenhum sintoma”, comenta.
O diagnóstico tem início com medições regulares da pressão arterial em diferentes momentos. Leituras consistentemente 130/80 mmHg ou mais são sujeitas a considerar quadro de hipertensão. Histórico médico completo, exame físico e testes como exames de sangue e urina, eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma são utilizados para avaliar a saúde geral e identificar possíveis danos a órgãos vitais causados pela pressão alta.
Associada a maior risco de morte, infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal terminal, é imprescindível o acompanhamento médico de rotina. No caso de pessoas que apresentam um perfil de risco, como obesidade, sedentarismo e dieta rica em sal, a medição da pressão arterial deve ser feita duas vezes ao ano. Após a adolescência, o check-up recomendado é de uma vez ao ano.
“O tratamento da hipertensão geralmente envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida e medicamentos. As mudanças no estilo de vida incluem dieta saudável (baixa em sal e rica em frutas e vegetais), exercício regular (pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica por semana), manutenção de um peso saudável, limitação do consumo de álcool, e cessação do tabagismo”, diz.
“Para pacientes hipertensos, é fundamental seguir o plano de tratamento prescrito pelo médico, monitorar regularmente a pressão arterial, e manter as mudanças no estilo de vida. Para a prevenção em não hipertensos, recomenda-se adotar um estilo de vida saudável, fazer exercícios regulares, limitar o consumo de álcool, evitar o tabagismo e manter uma dieta balanceada”, conclui o médico.