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Hepatites – Parte I

O fígado é um dos órgãos mais resistentes do corpo hu­mano. Sua importância é tão grande que ele pode ser consi­derado uma verdadeira usina, tal é a série de trabalhos que ele tem que executar para a manutenção da vida humana.

Não obstante a sua resistência, como qualquer órgão do corpo humano ele também está sujeito a sofrer muitas doen­ças, algumas delas bastante graves.

A hepatite é uma delas e é, por definição, qualquer dege­neração do fígado por causas diversas, sendo a inflamação do fígado o objeto do estudo que estamos apresentando aos leitores na matéria de hoje.

Uma das formas de hepatite é a causada por vírus, sendo neste caso uma doença infecciosa. Mas ela pode ser causa­da também pelo uso exagerado de bebidas alcoólicas ou de outras drogas, assim como por doenças que damos o nome de autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Uma das dificuldades dessa doença é que, em alguns casos ela é silenciosa, quer dizer a pessoa não sente nada e por isso não sabe que está com hepatite.

No caso das hepatites por vírus elas são designadas pelas letras do alfabeto.

Assim, temos as hepatites A – B – C – D (DELTA) e E.
Vejamos os diversos tipos de hepatites:

Hepatite A: infecção do fígado altamente contagiosa pelo vírus da hepatite A. Prevenção: existe vacina;

Hepatite B: infecção grave do fígado causada pelo vírus da hepatite B, que pode ser prevenida pela vacina;

Hepatite C: causada por um vírus que ataca o fígado e provo­ca a inflamação. É o vírus C. Não existe vacina contra o vírus C, mas há tratamento.

Hepatite D ( Delta ): doença hepática grave por infecção com o vírus da Hepatite D. Prevenção: vacina. Há tratamento.

Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E. Não há vacina, mas há tratamento.

Hepatite alcoólica: inflamação do fígado causada pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas. Há tratamento.

Hepatite autoimune: causada pelo próprio sistema imunoló­gico que o ataca. Há tratamento também.

Como já citamos aqui, uma das dificuldades de se enfren­tar a doença hepatite reside no fato de que em alguns casos ela não apresenta nem sinais, nem sintomas.

Entretanto, quando existem sintomas para o caso das he­patites A e B, os mais comuns são: discreta dor de barriga ou simplesmente um desconforto, enjoos e vômitos, febre, perda de apetite, urina de coloração escura, olhos e pele amarelados.

Já a hepatite C quando apresentar sintomas alguns são idênticos aos das hepatites A e B e alguns são exuberantes e até assustadores como o sangramento gástrico (que ocorre no esôfago e no estômago). Os demais são dor ou inchaço na barriga, mal-estar geral, perda de apetite, náuseas e vômitos, coceira no corpo, febre, a urina pode se tornar escura tam­bém, a pele e os olhos tornam-se amarelados.

Como qualquer doença que se instala no organismo, se não for diagnosticada e instituído o tratamento elas podem evoluir com o tempo e trazer complicações, algumas delas bem graves. (Continua na próxima semana).

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