O secretário de Governo e vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, autorizou nesta terça-feira, 14 de setembro, repasse de R$ 30 milhões extras para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – vinculada à Universidade de São Paulo (FMRP/USP) – para apoiar no custeio da assistência ofertada na unidade, uma das principais referências em alta complexidade localizadas no interior do Estado.
“Estes recursos adicionais ao HC Ribeirão fazem parte do atendimento pós-covid-19. Vamos retomar a demanda reprimida de tratamentos e cirurgias e, para isso, estamos preparando todo o sistema de saúde”, afirma o vice-governador. O crédito suplementar se soma a outros R$ 561 milhões já destinados pelo Estado à instituição neste ano.
O objetivo é ajudar no processo de retomada de outras frentes assistenciais com a redução da demanda de pacientes com covid-19. “Este recurso certamente contribuirá para fortalecer a assistência à população da região de Ribeirão Preto com este importante hospital universitário localizado no interior do nosso Estado”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
“O HC conta com profissionais e equipamentos de ponta, assegurando atendimento para casos de altíssima complexidade do nosso Estado”. Com a pandemia, o HC atuou também como referência para casos graves do novo coronavírus e seguiu assistindo pacientes com outras patologias complexas, realizando atendimentos de urgência e emergência, ambulatoriais, além de realizar cirurgias de alta complexidade, incluindo transplantes.
Oferta ainda com hospital-dia, exames de apoio diagnóstico e reabilitação física, motora e sensório-motora. No total, o HC possui 915 leitos, incluindo 62 que seguem destinados à demanda de covid-19, somando 34 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 28 de enfermaria.
Parte do valor deve ser direcionado ao Hemocentro de Ribeirão Preto para melhorias de equipamentos, estrutura e custeio. O superintendente do HC, Benedito Carlos Maciel, diz que apesar de os recursos não serem para contratação de mão de obra, vão ajudar no custeio das despesas diante da retomada dos atendimentos de outras especialidades médicas. Há praticamente um ano e meio, a instituição se dedica a tratar pacientes em estado grave com covid-19.
Durante o anúncio da liberação da verba, o vice-governador disse que a contratação de novos servidores para o hospital será discutida ao longo dos próximos meses para que seja incluída na previsão orçamentária do governo do estado para 2022.
“Vamos dialogar sobre a necessidade de novos recursos humanos, mais funcionários, sejam concursados ou através das fundações de apoio, porque o nosso objetivo é melhorar o atendimento da saúde no pós-pandemia na região de Ribeirão Preto.”
No total, o HC de Ribeirão Preto realizou 1.021.214 atendimentos, entre consultas, procedimentos médicos e atendimentos multidisciplinares em 2020, além de 2,93 milhões de exames laboratoriais e 390 mil exames especializados. Tem cerca de 180 mil m² de área construída.
O Hospital proporciona atenção à saúde para o tratamento de alta complexidade em nível terciário ambulatorial e hospitalar, que compreende cuidados de prevenção, tratamento e reabilitação de natureza clínica e/ou cirúrgica, serviços complementares de diagnóstico e tratamento nas mais diversas especialidades médicas.
Esta assistência é prestada por equipe multiprofissional que compreende médicos, pessoal de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais, dentre outras. A área de referência, denominada macrorregião de Ribeirão Preto, abrange os Departamentos Regionais de Saúde de Araraquara, Barretos, Franca e Ribeirão Preto, com uma população de cerca de 3,5 milhões de habitantes.
O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto é referência em assistência de alta complexidade no interior paulista e na América Latina, além de atuar como hospital universitário, sendo centro formador de profissionais de saúde. Tem duas unidades na cidade, a de Emergência (UE, Centro) e a do Campus (Zona Oeste). Está sob a responsabilidade da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa), organização social que administra a instituição de saúde.