Nesta sexta-feira, 27 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, data criada para chamar a atenção das pessoas para a importância da ação de doar vida a quem precisa. Para ser um doador é preciso comunicar essa possibilidade aos familiares. É possível também doar alguns órgãos em vida, como a medula óssea e órgãos duplos, como os rins, que permitem que o doador continue a vida com saúde, mesmo após o transplante.
Nos últimos cinco anos, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMRP), ligado à Universidade de São Paulo (USP), já realizou 1.435 transplantes, média anual de 287. Em 2018, o Brasil realizou mais de 26,5 mil procedimentros, sendo 8.853 de órgãos sólidos como, por exemplo, coração, fígado, pulmão, rim, entre outros, de acordo com números da Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde.
No Brasil, o índice de recusa familiar na hora de doar os órgãos dos pacientes já falecidos chega a 43 %, segundo dados do RBT Registro Brasileiro de Transplantes, de 2018. Em São Paulo, o percentual é de 36%. O doador que tem morte encefálica pode ajudar até 14 pessoas, com a doação das duas córneas, dois pulmões, dois rins, pâncreas, coração, pele, ossos, entre outros órgãos.
Em Ribeirão Preto, a Campanha Nacional de Doação de Orgãos 2019 está sendo organizado pela Liga de Transplantes de Órgãos e Tecidos (LiTOT) da Escola de Enfermagem (EERP) em parceria com os serviços de doação e transplantes do HCFMRP. Neste sábado, dia 28, das nove às 12 horas, na praça XV de Novembro, no Centro da cidade, será realizada ações de conscientização para a população sobre doação de órgãos.
No dia 29, das 7h30 às 10h30, haverá divulgação sobre doação de órgãos à população na Corrida MED Run 2019, promovida pela Associação Atlética de Medicina, no campus da USP de Ribeirão, na avenida Bandeirantes nº 3.900, no Jardim Monte Alegre, na Zona Oeste. Mais informações sobre a campanha e doações pelo telefone (16) 3602-2777 ou pelo e-mail [email protected].
A cada dez transplantes realizados no estado de São Paulo, seis são de córneas, aponta balanço realizado pela Central de Transplantes. Somente no primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram realizados 4.023 transplantes, sendo 2.583 especificamente de córnea. O estado é o que mais transplanta no país, respondendo por quase metade dos procedimentos feitos no Brasil.
A média se mantém anualmente. No ano passado, foram contabilizados 8.171 procedimentos, dos quais 5.131 correspondiam ao tecido. Em 2017, foram 7.496 transplantes, no total, sendo 4.462 de córneas. Em 2016, 4.776 córneas foram transplantadas, entre um total de 7.681 procedimentos.
Para ser doador – Pela legislação brasileira, não há como garantir a vontade do doador, por isso é importante conversar com a família sobre essa vontade e deixar claro que eles precisam autorizar a doação para que esta realmente aconteça.
Uma autorização registrada, também pode ser levada em conta, principalmente em casos de decisão judicial. Os órgãos doados atenderão os pacientes que estão na lista definida pela Central de Transplantes das Secretarias de Saúde dos estados, que é controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).