Tribuna Ribeirão
Esportes

HALO – Mudança polêmica pode ter vida curta

As mudanças esperadas nos carros de Fórmula 1 para a tem­porada 2018, apresentados na semana passada pelas principais equipes, não são tão diversifica­das e, tampouco, revolucioná­rias quanto as de 2017, quando os bólidos foram projetados sob novo regulamento técnico e receberam pneus mais largos e aderentes, tornando-os, portan­to, mais velozes.

Mas o ano que se inicia – no mundo encantado da F1 – não deixa de trazer inovações que estão longe de passar desper­cebidas. E de gerar polêmicas também. A principal delas é o halo, uma proteção de co­ckpit que alterou o visual das “baratas”. Ao que tudo indica, a extravagante peça deverá ser substituída, brevemente, por um visor semelhante aos utili­zados nos aviões de caça.

Críticas – Entre as inúme­ras controvérsias, a utilização do halo não seria capaz de evi­tar acidentes como o sofrido por Felipe Massa, por exemplo, na Hungria, em 2009, quando foi atingido na cabeça por uma mola que se desprendeu do carro de Rubens Barrichello. Outra crítica faz referência às dificuldades que o piloto te­ria se precisasse abandonar rapidamente o carro. O halo também obrigou as equipes a repensarem a aerodinâmica e tirarem o conjunto harmonio­so – e artístico – das carenagens dessas máquinas maravilhosas.

Com halo, sem barbatanas – O halo nada mais é do que um conjunto de hastes presas ao cockpit para aumentar a proteção na região da cabeça. A novidade será usada por vá­rias categorias da Federação In­ternacional de Automobilismo (FIA) a partir deste ano e deve ser uma solução temporária até que um projeto visualmente mais atraente seja aprovado. Outra diferença nos carros será na parte traseira, com o fim das chamadas “barbatanas de tuba­rão”, espécie de asa que tinha voltado a ser usada em 2017.

Malásia fora – Com o retor­no de dois clássicos europeus, a temporada será a mais longa da história, com 21 corridas. O GP da França volta depois de dez anos, no circuito de Paul Ricard, que não era usado pela categoria desde 1990. Na Alemanha, Hockenheim será novamente parte do calendário depois de um ano de ausência. O GP da Malásia não fará parte do calendário. Para acomodar mais provas, será a primeira vez que a F1 terá três corridas em finais de semanas consecu­tivos: França dia 24 de junho, Áustria dia 1º de julho e Ingla­terra dia 8 de julho.

Dois tetras – Com a con­quista do quarto título por par­te de Lewis Hamilton em cima do já tetra Sebastian Vettel em 2017, pela primeira vez na his­tória a F1 terá dois pilotos com quatro títulos mundiais em um mesmo grid. Isso porque conquistar um tetra não é algo comum na categoria: apenas cinco chegaram lá em quase 70 anos de esporte.

Mais cores e tipos de pneus – Buscando aumentar as possi­bilidades estratégicas durante as corridas, a Pirelli lançou dois tipos de pneus diferentes para esta temporada. O superduro, laranja, a princípio não deverá ser utilizado, mas fica na reser­va caso o desenvolvimento dos carros supere as expectativas da fornecedora, que decidiu deixar toda sua escala mais ma­cia e veloz em 2018. E o mais rápido dos compostos será o novo hipermacio, de cor rosa, que deve aparecer pela primei­ra vez na temporada no GP de Mônaco, sexta etapa.

Motores longa vida – Em uma mudança muito criticada especialmente por Lewis Ha­milton, agora cada piloto terá direito a apenas três unidades de potência por temporada. A partir da quarta, começam a sofrer punições. Já antecipando que vários pilotos não conse­guirão completar as 21 corridas (uma a mais que em 2017) com um motor a menos que ano passado, a FIA alterou o siste­ma de contagem das punições, eliminando penas de dezenas de lugares no grid, impossíveis de serem cumpridas com ape­nas 20 carros alinhados. Agora, se o piloto leva 15 posições ou mais, simplesmente vai largar do fundo do grid.

Alfa Romeu de volta – A marca, que já foi campeã nas mãos de Juan Manuel Fan­gio e Nino Farina (o primei­ro campeão da categoria, em 1950), volta à Fórmula 1 após 30 anos de ausência. A marca dará nome à Sauber, que tem extensa parceria com a Ferrari, outra marca do grupo Fiat. Em acordo similar, a Aston Mar­tin iniciou parceria com a Red Bull, no que pode se tornar a entrada dos britânicos na cate­goria na próxima mudança de regulamento de motores, pre­vista para 2021.

Testes em Barcelona – Os carros da temporada 2018 da F-1 vão à pista do Circuito da Catalunha, em Barcelona, em duas baterias de quatro dias de testes de pré-temporada entre 26 de fevereiro e 9 de março. A temporada da Fórmula 1 co­meça com o GP da Austrália, dia 25 de março.

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