Gustavo Vieira, ex-diretor de futebol do Santos, concedeu entrevista para os canais ESPN, nesta quarta-feira. Ele falou que a diretoria do Santos vive uma disputa de poder e isso tem atrapalhado a contratação de reforços para o time.
“Quando você tem um grupo político que entra, entre eles também passa a ter um certo assentamento, uma certa disputa de poder e isso gera no ambiente político, no ambiente de decisão, um certo distúrbio”, revelou.
Na opinião do ex-homem forte do futebol do Santos, é preciso saber quem manda para se ganhar o respeito de jogadores, comissão técnica, dos torcedores e até de dirigentes de outros clubes. Gustavo Vieira deu a entender que isso não acontece no alvinegro.
“Futebol tem que ter uma linha de poder muito clara, muito evidente, muito forte”, afirmou.
Quando questionado sobre como era o seu dia a dia no Santos, Gustavo disse que seu papel era fazer diagnósticos e apresentar soluções.
O problema, segundo ele, é que havia uma “poluição” na comunicação com a diretoria.
Contratações – Sobre a transferência do meia Lucas Zelarayán, do Tigres do México, o ex-dirigente do Peixe falou que acompanhava a situação do jogador de perto e que achava que a negociação daria certo.
Para Gustavo, a falta informações oferecidas pela diretoria do quanto ele poderia gastar e até onde poderia ir para contar com o atleta, pesaram muito para que o negócio não se formalizasse.
“Não vou revelar nada desconfortável. Foi um processo difícil, não sabia exatamente quanto o Santos podia gastar nele, surgiram outros clubes que fizeram propostas mais altas e começaram a aparecer dificuldades que não pude controlar”, disse.
Recuo – O lateral-esquerdo Dodô, por exemplo, está acertado há mais de uma semana. Especula-se, entretanto, que o presidente Peres voltou atrás.
“Existem eventuais decisões que são tomadas, que são recuadas depois, isso cria perturbações em todo o sistema”, disse Gustavo, sem entrar em detalhes e deixando no ar se esta va falando de Dodô.