O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que a reforma da Previdência poderá ser aprovada em 60 dias. Além do otimismo com a tramitação da proposta, afirmou que o governo terá espaço para adotar medidas que vão incentivar a economia, como o “choque da energia barata”, que vai incluir a quebra do monopólio da exploração do gás natural.
“Acreditamos que será aprovada em 60 dias. O Senado fez uma comissão para acompanhar junto. Vamos ter uma surpresa positiva, ao contrário desse pessimismo que vemos por aí. A classe política está a altura da responsabilidade que o momento exige. Acho que em 60 ou 90 dias vamos ter isso aprovado e entrar em uma agenda positiva,” disse Guedes durante evento da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp).
Em uma plateia composta por dirigentes de associais comerciais, Guedes defendeu sua pauta liberal e aproveitou para destacar o trabalho dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, no processo de tramitação da reforma. Para ele, é preciso parar de se preocupar com os ruídos causados pela discussão, que para ele são secundários. Afirmou ainda que espera uma economia relevante na proposta que será aprovado.
Guedes defendeu ainda um choque de energia barata, lembrando que o gás no Brasil custa em torno de US$ 12 e, na Europa, em que não há reservas, US$ 7.
“Esse choque virá da quebra de dois monopólios. Primeiro, da Petrobras. Já estamos falando isso com o Ministério de Minas e Energia para quebrar o monopólio da exploração e, depois da distribuição, que hoje as distribuidoras dos estados têm o monopólio,” defendeu.
Além de um custo menor de gás para a produção industrial, Guedes afirma que haverá também, em até três anos, uma redução no custo do gás de cozinha.
“O gás de cozinha vai chegar pela metade do preço nas famílias em um prazo de dois ou três anos,” disse.
Guedes recebeu aplausos em todos os momentos que defendeu “estado pequeno e iniciativa privada grande” e pediu que os dirigentes comerciais conversem com parlamentares, pedindo aprovação da reforma da Previdência.