Após o jornal espanhol Marca noticiar o interesse da CBF em ter Pep Guardiola como treinador da seleção brasileira após a Copa do Mundo, o técnico do Manchester City afastou a possibilidade durante entrevista coletiva nesta sexta-feira. Ele se mostrou incomodado com o fato de o assunto ter sido levantado às vésperas do jogo decisivo contra o Liverpool, pelo Campeonato Inglês, e deixou claro que está muito feliz na Inglaterra.
“Hoje não, por favor”, respondeu balançando a cabeça quando um repórter fez o questionamento. “Estou sob contrato aqui, estou muito feliz. Estou disposto a ficar para sempre aqui. Não há lugar melhor para estar. Eu prolongaria o contrato por dez anos. Agora não é o momento, por favor, não sei de onde veio isso”, completou.
Segundo informações divulgadas pelo Marca na última quinta-feira, a CBF teria oferecido 12 milhões de euros (cerca de R$ 61,7 milhões na cotação atual) de salário anual para Guardiola assumir a seleção após a Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano. Já foi decidido que Tite não permanecerá no comando a partir de 2023.
A investida partiu de Ednaldo Rodrigues, eleito oficialmente presidente da CBF no final de março, após cerca de sete meses exercendo o cargo interinamente. Irmão e representante do técnico espanhol, Pere Guardiola já teria sido procurado pela entidade, mas o salário proposto está abaixo dos 20 milhões de euros (R$ 102,8 milhões) anuais recebidos atualmente no City, clube com o qual Pep tem contrato até 2023.
Em passagens por Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City, o treinador acumula duas taças da Liga dos Campeões, ambas no comando do time catalão, e seis títulos de ligas nacionais, três em cada equipe. No domingo, verá seus comandados jogarem contra o Liverpool, no Etihad Stadium, em partida decisiva na briga pelo título inglês. O City é o líder da competição, com 73 pontos, um a mais que o Liverpool, com 72. Após o duelo entre os dois, restarão apenas seis rodadas para o fim da disputa.