Cerca de 100 pessoas, a maioria donos e funcionários de bares e restaurantes e alguns motoristas de transporte individual por aplicativo, voltaram a protestar em frente ao Palácio Rio Branco, sede da prefeitura de Ribeirão Preto, contra as medidas restritivas decretadas entre sexta-feira (12) e a última terça-feira, 16 de março.
Desde a zero hora desta quarta-feira (17), e até domingo, 21 de março, Ribeirão Preto permanecerá em “lockdown”, com o confinamento de pessoas e a suspensão de atividades não emergenciais. O grupo levou bandeiras do Brasil para a porta do Palácio Rio Branco e fez muito barulho. Um novo ato está marcado paras 10h30 desta quinta-feira (18)
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) acompanhou a manifestação. Ao menos oito servidores da corporação permaneceram postados na escadaria do Palácio Rio Branco para evitar uma possível invasão. Duas viaturas foram designadas para acompanhar o protesto. A Polícia Militar fez rondas constantes na região.
Na manhã de terça-feira, enquanto o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e os secretários Sandro Scarpelini (Saúde) e Antonio Daas Abboud (Governo) anunciavam as regras do “lockdown”, um grupo de manifestantes protestava á porta do palácio. Ontem, várias pessoas estavam sem máscara ou usavam o equipamento de proteção de forma errada
No ano passado, um grupo de manifestantes cercou e tentou depredar o carro do prefeito Duarte Nogueira quando ele saía da prefeitura. Um boletim de ocorrência foi registrado. O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-RP) e a Associação Comercial e Industrial (Acirp) emitiram nota na terça-feira defendendo o “lockdown”, apesar das críticas de falta de planejamento e do pouoco tempo de preparação dos comerciantes.
No comunicado, ressaltam que este não é o momento de protestar. Porém, esperam que a prefeitura de Ribeirão Preto não prorrogue o “lockdown” na semana que vem. O Instituto 2030 também criticou o anúncio em cima da hora. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) teme que os estabelecimentos que trabalham com alimentação não consigam atender toda da demanda pelo sistema “delivery”.