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Grupo espalha lixo da Câmara

Um grupo dos servidores que fo­ram à Câmara de Ribeirão Preto acompanhar a polêmica sessão desta quinta-feira, 25 de abril, bloqueou a saída do estaciona­mento dos vereadores e de seus assessores, à esquerda do portal da entrada principal, com o lixo que estava nos contêineres. O ato ocorreu depois que os parla­mentares negaram a abertura de processo de cassação do man­dato do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB). Para sair da área onde está localizada a Câmara, ao lado do Parque Maurílio Biagi, na Vila República, os vereadores tive­ram de aguardar pela retirada do lixo.

Durante a sessão, os servidores lotaram o plenário com faixas, cartazes e o já po­pular boneco do prefeito. Além disso, fizeram muito barulho: teve vaia, gritaria e até um “apitaço” e ofensas aos parla­mentares que votaram contra o impeachment – a Guarda Civil Municipal (GCM) teve de impro­visar um “cordão de isolamento” para que a sessão prosseguisse. A mesma providência foi adotada na saída dos veículos. A categoria entra nesta sexta-feira (26) no 17º dia de greve, a segunda mais longa do fun­cionalismo público municipal, atrás de 2017, que durou três semanas (21 dias). A data-base da categoria é 1º de março. Ribeirão Preto tem 9.204 funcio­nários na ativa e mais 5.875 aposentados e pensionistas que recebem seus benefícios pelo IPM. Os servidores pedem reajuste de 5,48%. São 3,78% de reposição da inflação acumu­lada entre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, e mais 1,7% de aumento real. O mesmo percentual (5,48%) é cobrado sobre o vale-alimen­tação da categoria e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas. A prefeitura diz que não pode conceder aumento salarial porque já ultrapassou o limite prudencial de gastos com a folha de pagamento estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 54% – diz que está acima de 55% e foi alertada pelo Tribunal de Contas do Esta­do de São Paulo (TCE-SP). A greve será julgada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). Duas liminares do juiz Gustavo Müller Lorenzato, da 1ª Vara da Fazen­da Pública de Ribeirão Preto, restringiu a greve dos servidores municipais, mas a multa diária de R$ 20 mil foi suspensa até a decisão dos desembargadores. Segundo os dados oficiais da prefeitura, a adesão à greve caiu nesta quinta-feira e está em 15% – garante que 85% pessoas trabalharam normalmente. Durante esta semana, o balanço oficial indica participação de menos de 16% da categoria. As áreas mais afetadas continuam sendo as de educação e saúde – os 30% dos serviços exigidos por lei foram mantidos. Na Secretaria Municipal da Educação, 1.060 professores, cozinheiros, inspetores, assis­tentes e demais funcionários pararam, 32.17% dos 3.298 pro­fissionais da pasta. Até a noite de quarta-feira (24), o índice era de 34,69% (1.144 pessoas). O balanço oficial revela que 153 dos 2.947 médicos, enfermeiros, atendentes e demais funcioná­rios entraram em greve, contra 141 do dia 24. Dados apontam que a adesão na Secretaria da Saúde foi de 5,19%, contra 4,78% do período anterior. O balanço oficial revela que 153 dos 2.947 médicos, en­fermeiros, atendentes e demais funcionários entraram em greve, contra 141 do dia 24. Na Secre­taria Municipal da Assistência Social houve estabilidade, com 33 servidores em greve, 7,69% dos 432 funcionários da Semas – eram 34 no dia 18 (ou 7,9%).

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