Na noite de quarta-feira, 16 de outubro, o candidato a prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva (PSD), da coligação “Pra Ribeirão Avançar” (PDT, PL, PDT, MDB, PRD, Avante, Republicanos e PSB), participou de mais um encontro com entidades setoriais, empresariais e do terceiro setor, desta vez por meio do grupo “Acelera Ribeirão”. O candidato a vice, Alessandro Maraca (MDB), também participou.
No primeiro turno foram realizados encontros mais específicos nas entidades. Cada setor levou suas demandas aos cinco candidatos. Agora, com a evolução da campanha para o segundo turno, unificou-se a agenda das instituições com objetivo de atualizar o cenário, entender novas composições e propostas incorporadas, reafirmar compromissos assumidos pelos candidatos na primeira etapa da eleição, e, principalmente, debater novas sugestões para Ribeirão Preto.
Centro administrativo – Questionado sobre a construção do novo centro administrativo e seus novos desdobramentos, o candidato Ricardo Silva reafirmou compromisso (assumido no primeiro turno) no sentido de não levar a obra de R$ 173 milhões adiante
“A cidade não quer esse novo Centro Administrativo da forma como estão querendo fazer! Inclusive o Legislativo deixou isso muito claro, assim como as entidades e a população. Se vencermos a eleição, vamos governar a partir do centro de Ribeirão Preto, sem deixar de investir em melhorias estruturais para a prefeitura e dando atenção à toda a cidade”.
Silva também enfatizou a insistência da atual gestão em realizar a obra em fim de mandato, “Ainda quero acreditar que o atual prefeito terá um ‘gesto de grandeza’ para com a cidade, deixando para que o próximo prefeito decida sobre essa questão que, continuando como está, impactará diretamente o próximo mandato. Se essa insistência persistir, aí sim começarei a ‘estranhar’”, afirmou.
Corredores de ônibus – Sobre os novos corredores de ônibus, Ricardo Silva reafirmou compromisso (assumido anteriormente com Sincovarp/CDL) de revisar todo o Programa Ribeirão Mobilidade. “Mobilidade urbana é importante mas não se pode acabar com o comércio e os serviços, que são os grandes pilares da nossa economia e geram milhares de empregos”, disse.
“Muita gente depende dessas atividades. Vamos rever tudo e adequar o que for necessário, buscando um equilíbrio. Os corredores de ônibus foram implantados sem planejamento. Nem um piloto para testar e saber se daria certo, foi feito. Não há mal nenhum em se voltar atrás quando fica claro que algo não dará certo”.
Socorro ao comércio – Sobre o Plano de Recuperação do Comércio (proposta feita por Sindicato do Comércio Varejista (Sincovarp) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP), dois dos vários grupos que integram o “Acelera Ribeirão”, o candidato disse que pretende criar um arcabouço para ajudar o lojista que sofreu maior impacto com as obras de mobilidade.
“Vamos realizar estudos objetivos para estabelecer critérios que identifiquem a escala de gravidade do impacto que atingiu cada comércio. Com base nisso, vamos elaborar um projeto, a ser apresentado à Câmara, no sentido de conceder benefícios tributários, entre outras medidas de apoio e fomento que forem possíveis. Para esse plano, vamos contar com a participação das entidades setoriais que muito têm a contribuir”.
Turismo – Diante da questão colocada pelo Ribeirão Convention & Visitors Bureau, o candidato afirmou que criará uma agência de desenvolvimento para Ribeirão Preto que também vai abranger ações estruturadas para estimular turismo. Não confirmou se vai recriar a Secretaria Municipal de Turismo.
Diz que está avaliando a possibilidade de transferir o órgão (hoje ligado à Secretaria de Cultura) para a estrutura da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico. Silva também anunciou que avalia a possibilidade de abrir edital de concessão do Parque Permanente de Exposições para a iniciativa privada, em articulação com empreendedores e instituições locais ligadas ao setor de shows e eventos.
Centro de Ribeirão – Ricardo Silva afirmou que também pretende contar com as entidades para a revitalização do centro de Ribeirão Preto, especialmente o centro histórico, assunto que vem sendo debatido há décadas. O candidato também confirmou a criação da Administração Regional do Centro, visando estar mais próximo das demandas do dia a dia e empoderar o processo de recuperação da região central.
Indústria – O representante do Centro das Indústrias do Estados de São Paulo (Ciesp) sugeriu a criação de um grupo de trabalho a busca de melhorias para o setor industrial. Citou que o atual distrito empresarial está obsoleto e que faltam grandes áreas para receber novas indústrias em Ribeirão Preto. “Excelente ideia e vamos conversar sobre essa demanda, sim”, disse. Ficou claro que a ideia é, caso o candidato seja eleito, de estruturar esse grupo de trabalho ainda na transição.
As entidades também se colocaram a disposição do prefeito eleito, seja qual for o candidato vencedor, para colaborar com a transição de governo e com a elaboração de ações e políticas públicas para o desenvolvimento socioeconômico de Ribeirão Preto. O candidato Marco Aurélio Martins (Novo), da chapa “Ribeirão Próspera e Empreendedora”, será entrevistado na segunda-feira (21).