A Secretaria de Estado da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até 24 de julho e a pasta municipal seguiu a orientação. Segundo Paulo Menezes, que é membro do Centro de Contigência contra a Covid-19, apesar de atingir 100% dos idosos na primeira etapa, a cobertura vacinal ficou abaixo da meta para outros grupos.
“Posteriormente com o avanço da pandemia, outros grupos tiveram uma cobertura abaixo da nossa meta inicial de 90%. No entanto, a vacinação é extremamente importante por várias razões. A primeira porque influenza também pode ser uma doença grave, que pode leva à internação e ao óbito. E, quanto maior a cobertura que conseguirmos, menor o número de casos que vamos ter e menor será a pressão no serviço de saúde”, afirma.
A vacinação prossegue e será para toda a população. A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. A meta da campanha é vacinar 90% da população-alvo de 17,7 milhões de paulistas.
Até a última semana, mais de 14,2 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza foram aplicadas, com 86,1% de cobertura entre os grupos prioritários. A meta de alcançar 90% da população-alvo foi atingida entre alguns públicos, alcançando 5,8 milhões de idosos (100%); 1,5 milhão de profissionais da saúde (100%) e 6,7 mil indígenas (100%).
O total de imunizados contabiliza 1,65 milhão de doses aplicadas em crianças de seis meses a menores de seis anos (54,1%), 227,7 mil em gestantes (50,5%) e 43,8 mil em puérperas (59,2%). De modo similar, o grupo das pessoas com idade entre 55 e 59 anos registra menor procura, com apenas 863,3 mil vacinados (42,8%).
Também estão protegidas 219,7 mil pessoas do sistema prisional, 171 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 134,9 mil caminhoneiros; 83,1 mil motoristas de transporte coletivo; e 8,4 mil trabalhadores portuários. Mais de 2,5 milhões de pessoas com doenças crônicas, 287,2 mil professores do ensino básico e superior; e 19,6 mil pessoas com deficiência. Funcionários do Metrô, CPTM, Correios, agentes de limpeza urbana e pessoas em situação de rua também foram inseridos na campanha desde 15 de junho.
Na área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, o objetivo é imunizar 174.961 pessoas, mas até o final de junho haviam sido imunizadas 66.656 moradores, 38,1% da meta.
Levantamento divulgado na última quinta-feira, 25 de junho, pela Secretaria Municipal da Saúde, aponta que a campanha nacional de vacinação contra o vírus da influenza (gripe), em Ribeirão Preto, atingiu 81,3% do público-alvo. No total, foram imunizadas 191.879 pessoas de 235.952 que formam os grupos prioritários.
Até o momento, foram vacinadas 20.876 crianças (50,3% de 41.530), 28.382 trabalhadores da saúde (91,1% de 31.156), 2.915 gestantes (48,4% de 6.028), 845 puérperas (85,3% de 991), 93.606 idosos (119,7% de 78.172), 12.967 adultos de 55 a 59 anos (41,4% de 31.325) e 32.288 pessoas com comorbidades (69,1% de 46.750).
A meta da Secretaria Municipal da Saúde é imunizar 90% do público-alvo. Ribeirão Preto possui, atualmente, 37 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-feira, em horários variados. A cidade já tem 160 óbitos neste ano por síndrome respiratória aguda grave (Srag), mas 156 são decorrentes do novo coronavírus.
Também tem 631 casos confirmados de Srag, mas 620 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 29 de março, 41 de abril, 127 de maio e 423 deste mês. Os outros onze são de influenza: cinco de Flu B, quatro não identificados (“Srag A não subtipado”), um de H3N2 e um de H1N1. Quatro destes casos resultaram em mortes, um pelo vírus H3N2, outro pelo Flu B e dois não identificados (“não subtipado”).
Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 1.567 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 211 óbitos por Srag, contando com os de covid-19.