Por Luiz Carlos Merten
Leitores da antiga Coleção Terramarear, da Editora Melhoramentos, lembram-se das aventuras de Tarzan. E, embora tenham sido muitas as incursões do homem-macaco pela tela, em séries estreladas por diferentes atores – melhor seria dizer atletas -, o cinema nunca fez justiça à delirante imaginação do escritor Edgar Rice Burroughs.
No começo do século passado, o mundo parecia menor, a África era um continente misterioso e Tarzan encontrava cidades perdidas. Pelucidar, Camelot, o império romano. Nos anos 1980, um diretor inglês, Hugh Hudson, resolveu resgatar a gênese do mito. E foi totalmente fiel à origem de Tarzan. Greystoke – A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva é a atração desta terça, 1º, no HBO Family, à 0h22.
Lorde Greystoke e a mulher partem numa expedição. Há um motim, ela dá à luz, morre. O marido, também, e o bebê é adotado por uma fêmea gorila, Kala. Cresce na selva e, no limite, descobre sua origem e volta à civilização. Hudson conta essa história com os atores certos. Christopher Lambert, Andie MacDowell, como Jane, e Ralph Richardson, em seu último papel, como o velho lorde Greystoke. Seu modelo foi o mais dilacerante filme de François Truffaut, L’Enfant Sauvage. Tarzan foi o garoto selvagem de Hudson. Mais que uma bela aventura, é um drama psicológico intenso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.