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GREVE DOS SERVIDORES – Prefeitura apresenta nova contraproposta

Depois da confusão da úl­tima terça-feira, 16 de abril, quando funcionários públicos municipais em greve lotaram a galeria da Câmara com “morda­ças”, cartazes, cornetas e apitos, invadiram o plenário do Palácio Antônio Machado Sant’Anna, interromperam a sessão e só se acalmaram com a interven­ção da Guarda Civil Municipal (GCM), uma comissão com 18 vereadores esteve no Palácio Rio Branco nesta quarta-feira (18) e saiu de lá com a garantia do prefeito Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB) de que uma nova proposta de reajuste salarial será apresentada.

Nesta quinta-feira (19), a partir das nove horas, na sede da Secretaria Municipal da Ad­ministração, no Morro do São Bento, haverá novo encontro entre o prefeito Duarte Nogueira e sua Comissão de Política Sala­rial, vereadores e o presidente do Sindicato dos Servidores Muni­cipais de Ribeirão Preto (SSM/ RP), Laerte Carlos Augusto, além de integrantes da comissão de negociação da entidade.

Nesta nova rodada de nego­ciação, a prefeitura deverá apre­sentar oficialmente uma nova contraproposta para colocar fim à greve dos servidores munici­pais, que entra hoje no 10º dia – foi deflagrada na terça-feira da semana passada, 10 de abril. A comissão de vereadores foi for­mada a pedido do presidente da Câmara, Igor Oliveira (MDB).

Dezoito dos 27 parlamentares estiveram no Palácio Rio Bran­co, onde foram recebidos pelo prefeito Duarte Nogueira e pelos secretários municipais Antonio Daas Abud (adjunto da Casa Ci­vil), Edsom Ortega (Planejamen­to e nGestão Pública) e Manoel de Jesus Gonçalves (Fazenda). O encontro começou às onze horas e durou mais de duas horas. No final, a pedido dos vereadores, La­erte Carlos Augusto foi chamado par combinar a reunião de hoje.

O Tribuna apurou que, após insistentes pedidos dos vere­adores para que a prefeitura apresente nova proposta, Duar­te Nogueira cedeu, mas avisou – seja qual for, a nova proposta será muito parecida com a ante­rior. Ele frisou aos parlamenta­res que a cada 0,1% de aumento concedido ao funcionalismo o gasto anual com a folha de paga­mento sobe R$ 1,3 milhão.

As duas propostas já apre­sentadas pela administração, de 1,81% e 2,06%, ambas com base no Índice Nacional de Preços (INPC), foram recusadas pela categoria, que deflagrou greve na terça-feira da semana passa­da pedindo reajuste de 10,8% – o indexador é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo (IPCA).

Na noite de segunda-feira (16), o sindicato foi notificado da liminar expedida pela juíza Luísa Helena Carvalho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública, reafirmando sua decisão pela manutenção de 100% dos ser­vidores em atividade nas áreas da educação, saúde e assistên­cia social e 60% nas demais re­partições. No entanto, alunos seguem sem aula e consultas são canceladas diariamente. A magistrada proibiu piquetes e impôs multa diária de R$ 20 mil em caso de descumpri­mento da ordem judicial.

A categoria está em gre­ve desde a zero hora de 10 de abril. Na segunda-feira (9), an­tes do início do movimento, o juiz Reginaldo Siqueira conce­deu liminar ao Departamento de Água e Esgotos (Daerp) em que praticamente proibiu a pa­ralisação de funcionários da autarquia. Segundo o magis­trado, o sindicato é obrigado a manter 100% de toda a área operacional e de atendimento ao público durante a greve.

Já as demais áreas são obri­gadas a manter 80% do quadro. A tutela cautelar ainda impõe multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. A au­tarquia tem 898 funcionários. A prefeitura garante que não hou­ve paralisação no setor. Segundo a administração, a adesão geral nesta quarta-feira foi de 9,13% – dos 9.988 servidores, 912 aderi­ram à greve.

A situação é mais grave na Secretaria Municipal da Educa­ção. Dados da Administração revelam que a adesão de funcio­nários do ensino fundamental foi de 21,20% e na Infantil, de 12,99%, nesta quarta-feira. Na Saúde, balanço oficial indica que dos 3.026 servidores efetivos, a adesão foi de 180, o que represen­ta 5,95 % do total. O Daerp infor­mou que não houve paralisação na autarquia. Todas as unidades funcionam normalmente. O sin­dicato, ao contrário do ano passa­do, não faz mais a contagem.

Participaram da reunião no Palácio Rio Branco Igor Olivei­ra (MDB), Marinho Sampaio (MDB), Bertinho Scandiuzzi (PSDB), Marco Antônio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede Sus­tentabilidade), Fabiano Guima­rães (DEM), Gláucia Berenice (PSDB), Jean Corauci (PDT), João Batista (PP), Jorge Para­da (PT), Luciano Mega (PDT), Alessandro Maraca (MDB), Maurício Vila Abranches (PTB), Nelson das Placas (PDT), Pauli­nho Pereira (PPS), Renato Zu­coloto (PP), Rodrigo Simões (PDT) e Ariovaldo e Souza, o “Dadinho” (PTB).

Números da paralisação
Total de servidores: 9.988
Adesão à greve
Sindicato: não faz a contagem
Segundo a prefeitura: 9,13% (912)

Reajuste salarial e cesta básica dos aposentados
Sindicato quer 10,8% (IPCA)
Prefeitura oferece 2,06% (INPC)

Vale-alimentação
Sindicato: de R$ 862 para R$ 955,09 (alta de 10,8%)
Governo: de R$ 862 para R$ 879,75 (alta de 2,06%)

Reajuste em 2017
4,69% em duas parcelas
Mesmo percentual para vale­-alimentação e cesta básica nutricional dos aposentados

Folha de pagamento
Em janeiro de 2017: R$ 62,45 milhões
Em janeiro de 2017: R$ 70,46
Aporte de R$ 8,01 milhões e alta de 12,82%

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