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GREVE DOS CAMINHONEIROS – Gás de cozinha começa a chegar

Nesta quarta-feira, 30 de maio, uma distribuidora de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de botijão de 13 quilos, o popular gás de cozinha, localizada na Zona Norte de Ribeirão Preto, recebeu três mil vasilhames que vieram da refinaria da Petro­bras em Paulínia (SP). Reven­dedores aguardaram até quatro horas na fila.

A empresa limitou a venda a 20 botijões por pessoa e não rea­justou o preço: R$ 75 a unidade. Três caminhões entregaram os vasilhames. As 24 distribuidoras de gás da cidade aguardavam para a noite desta quarta-feira mais carretas vindas de Paulínia. Elas vendem 3300 unidades por dia em Ribeirão Preto. O Sindi­cato Nacional das Empresas Dis­tribuidoras de Gás Natural Lique­feito (Sindigás) informou ontem que as revendas de GLP estão, na maioria, desabastecidas.

Entretanto, os ministérios da Defesa, de Minas e Energia e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) têm dado tratamento de produto essencial, agindo para que as cargas de botijões – tanto vazios, para serem abastecidos, ou cheios, para repor os estoques das revendas – sejam liberadas e cheguem ao seu destino.

Depois de uma assembleia no início da tarde desta quarta­-feira, caminhoneiros suspende­ram o cerco à Refinaria de Pau­línia – a maior da Petrobras –, ocupada há dez dias. De acordo com o major Emerson Massera, comandante do 80º Batalhão da Polícia Militar de Campinas, o último grupo de manifestantes que estava à margem da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332) deixou o local por volta das 14 horas.

No entanto, as operações da refinaria estão parcialmente pa­ralisadas por uma greve de petro­leiros, iniciada nesta quarta-feira. A categoria reivindica redução no preço dos combustíveis. De acordo com o Sindicato Unifica­do dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro), a greve de 72 horas é contra a política de preços da Petrobrás e acontece em todas as unidades da empresa. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) con­sidera a paralisação ilegal.

Desde o final de semana que não há mais gás de cozinha nos revendedores de Ribeirão Preto. O estoque foi zerado e quem pre­cisou comprar o produto voltou para casa de mãos vazias. O pro­blema começa a afetar restauran­tes e lanchonetes. Segundo a úl­tima pesquisa da ANP, realizada em 108 cidades paulistas entre 20 e 26 de maio, o botijão vendido na cidade custa, em média, R$ 79,24, o mais caro do estado.

Combustíveis – Depois da liberação do terminal de petróleo localizado na Rodovia Alexan­dre Balbo (SP-328), na terça-feira (29), os mais de 200 postos de combustíveis de Ribeirão Preto já estão abastecidos com etanol e gasolina – não houve desabasteci­mento total de diesel por causa da greve dos caminhoneiros autô­nomos. Nesta quarta-feira já não havia mais filas para abastecer.

O problema são os preços. Na semana passada, o Órgão de Proteção ao Consumidor de Ri­beirão Preto (Procon-RP) autuou vários postos da cidade. Um deles vendia etanol a R$ 4 R$ 3,999), gasolina a R$ 6 (R$ 5,999) e diesel a R$ 5 (R$ 4,998). Durante a gre­ve, a situação se repetiu em vários revendedores da cidade.

Segundo pesquisa da ANP realizada entre 13 e 19 de maio, antes da greve dos caminhonei­ros, os combustíveis estavam bem mais baratos em Ribeirão Preto. O litro do etanol era ven­dido, em média, a R$ 2,57, o da gasolina a R$ 4,20 e o do diesel, a R$ 3,57. Agora, porém, o preço médio do litro do álcool é de R$ 2,80 (R$ 2,799), quase 9% acima (R$ 0,23 a mais), mas alguns postos vendiam o produto por R$ 3,50 (R$ 3,449), alta de 36,2% a acréscimo de R$ 0,93.

A gasolina saltou para R$ 4,60 (R$ 4,599), aumento de 9,52% e aporte de R$ 0,40. No entanto, alguns comerciantes ofereciam o produto ontem por R$ 5 (R$ 4,999), reajuste de 19% e R$ 0,80 a mais. Segundo o mais recente levantamento da ANP, realizado entre 20 e 26 de maio, no ápice do movimento dos caminhoneiros, os preços médios em Ribeirão Preto eram de R$ 2,564 para o etanol, de R$ 4,267 para a gasoli­na e R$ 3,718 para o diesel.

Serviço público – Até sá­bado (2), a coleta de lixo domi­ciliar atenderá todos os bairros. O transporte escolar circula normalmente. A merenda será servida normalmente até dia 6, com adaptações necessárias no cardápio, em função da falta de alguns produtos hortifrutigran­jeiros. Há carne para consumo de três dias. Não há frutas para a próxima semana, porque não houve entrega.

Ceagesp – Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Ge­rais de São Paulo (Ceagesp) em Ribeirão Preto, que atende 121 cidades, das 1,5 mil toneladas de alimentos comercializadas às quartas-feiras, apenas 300 foram vendidas, redução de 80% no vo­lume. Os comerciantes passariam a madrugada desta quinta-feira (31) no local à espera de produ­tos. Noventa por cento dos boxes estavam sem mercadoria na noite de ontem. Nos supermercados, a situação deve ser totalmente nor­malizada até a próxima semana.

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