Tribuna Ribeirão
Economia

Greve de servidores deve parar na Justiça

Os servidores municipais de Ribeirão Preto vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima terça-feira, 10 de abril. A categoria rejeitou a contraproposta de rea­juste salarial apresentada pela pre­feitura, de 1,81%, e confirmou o movimento paredista para a pró­xima semana. a expectativa é que a administração entre na Justiça do Trabalho com pedido de ins­tauração de dissídio coletivo logo após a deflagração da paralisação.

Nesta quarta-feira, dia 4, por meio da Coordenadoria de Co­municação Social (CCS), a pre­feitura de Ribeirão Preto infor­mou que a proposta é o máximo que a administração pode ofere­cer e insinua que pode voltar a re­correr ao Judiciário para garantir a prestação de serviços essenciais. Por meio de nota, informa que “a administração municipal fará todos os esforços para manter a regularidade dos serviços públi­cos”. No ano passado, o governo obteve liminares que garantiram o efetivo em vários setores, algu­mas repartições com 100% dos funcionários.

O Sindicato dos Servidores Municipais (SSM/RP) pede re­ajuste de 10,8%, mesmo índice de reposição sobre o valor atual do vale-alimentação e da cesta básica nutricional dos aposenta­dos. O pedido dos trabalhadores faz referencia à correção da in­flação nos últimos doze meses, de 2,93% medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumi­dor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE) – indexador oficial –, mais aumento de 7,87% referente ao crescimento orçamentário na arrecadação.

A Comissão de Política Sala­rial da prefeitura esteve reunida na terça-feira (3) com a comis­são dos trabalhadores para apre­sentar a proposta de aumento salarial e do vale-alimentação. O percentual de 1,81% é baseado na correção inflacionária registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no pe­ríodo de março de 2017 a abril de 2018. Segundo a CCS, o índice econômico é o mesmo utilizado nas negociações dos últimos anos em Ribeirão Preto, inclusive em comparação com outras admi­nistrações municipais.

“Nossa proposta é a recom­posição da inflação pelo mesmo índice e pelo mesmo período do ano passado. Esse é o nosso limi­te e a partir daí podemos discutir os demais itens, desde que não haja impacto financeiro”, diz An­tonio Daas Aboud, assistente do secretário da Casa Civil, Nicanor Lopes. O secretário da Fazenda, Manoel de Jesus Gonçalves, des­tacou durante a reunião de terça­-feira, que durante o ano de 2017, a prefeitura já havia concedido três reajustes.

“O primeiro de 4,69% na data-base de 2017, o segundo por meio de implementação do Plano de Classificação de Cargos, Vencimentos e Carreira, que re­presentou 3% de aumento da fo­lha e, por fim, o terceiro, quando as tabelas de vencimentos foram reestruturadas para compensar as perdas do prêmio-incentivo e assuidade. Tivemos um aumento em 2017, na folha de pagamen­to, de 12,8%”, explica. Segundo a CCS, “a folha está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e as circunstâncias notórias, eco­nômico-financeiras do municí­pio de Ribeirão Preto.

Segundo balanço do sindica­to, nas últimas gestões – Welson Gasparini (PSDB) e Dárcy Vera (DEM e PSD) – o percentual de reajuste esteve sempre acima de 3%, o índice mais baixo da série, concedido em 2007 na gestão do tucano Gasparini. Em quatro anos de governo, ele reajustou os salários dos servidores em 13,21% – abono de R$ 120 em 2005, au­mento de 5,05% em 2006, de 3% em 2007 e de 5,16% em 2008.

Quando Dárcy Vera estava no DEM (2009-2012), concedeu 25,18% – foram 5,9% em 2009, mais 6,31% em 2010, outros 6,47% em 2011 e 6,5% em 2012. Quando já estava no PSD (2013-2016), aplicou correção de 28,3% – de 5,84% em 2013, mais 5,56% em 2014, outros 6,23% em 2015 e 10,67% em 2016. O atual prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) deu 4,69% e 2017 e agora oferece 1,81%. Se a categoria aceitar, vai acumular 6,5% em dois anos.

Reajustes nos últimos anos
WELSON GASPARINI (PSDB)
2005……………………….abono de R$ 120
2006…………………………………………5,05%
2007……………………………………………..3%
2008…………………………………………5,16%
DÁRCY VERA (DEM)
2009…………………………………………..5,9%
2010…………………………………………6,31%
2011…………………………………………6,47%
2012…………………………………………..6,5%
DÁRCY VERA (PSD)
2013…………………………………………5,84%
2014…………………………………………5,56%
2015…………………………………………6,23%
2016………………………………………10.67%
DUARTE NOGUEIRA JÚNIOR (PSDB)
2017…………………………………………4,69%
2018………………………….oferta de 1,81%
Total…………………………………………..6,5%

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