Tribuna Ribeirão
Cultura

Gravuras europeias em cartaz na cidade

A partir deste sábado (10) até 5 de maio, o Instituto Figuei­redo Ferraz, de Ribeirão Pre­to, abre ao público a exposição “Imagens Impressas: um Per­curso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural”. Com curadoria de Marcos Moraes, a mostra mapeia cinco séculos da produção gráfica europeia, com um total de aproximadamente 140 das 451 imagens impres­sas que compõem este acervo. São apresentadas, de forma di­dática, as diferentes técnicas de gravuras dos séculos XV a XIX. “Imagens Impressas” já passou pelas cidades de Santos, Curi­tiba, Fortaleza e Rio de Janeiro.

O curador observa que a imagem impressa acompanha a humanidade desde os seus primórdios, e podemos remon­tar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos nas paredes de grutas e cavernas. De acordo com ele, as primeiras imagens impressas são xilogravuras produzidas no século XV, e, a partir desse perí­odo, aprimoram-se as técnicas: são incorporadas inovações e é desenvolvida a linguagem gráfi­ca. Por esse caminho, no século XIX a gravura chega à autono­mia. Para abordar esse meio de criação é preciso, portanto, deli­mitar um escopo.

“Trata-se de um recorte re­presentativo, pela diversidade de técnicas, temas e destinações das gravuras. Esta seleção nos permite pensar na linguagem gráfica e em outros caminhos de leitura e interesse ao longo des­se fascinante empreendimento que foi a produção de imagens impressas”, afirma o curador. A mostra propõe, assim, um per­curso histórico pelas gravuras do Itaú Cultural, e se inscreve nas ações promovidas pelo ins­tituto para garantir o acesso ao Acervo de Obras de Arte do Itaú Unibanco, que hoje conta com mais de 15 mil itens.

Entre os destaques de “Ima­gens Impressas” estão obras do artista e caricaturista francês Ho­noré-VictorienDaumier, como “Quelleheureserencontre! – Les Amis (ca.1840)”, “Mais pis que (s.d.)”, “C’estbienparce (s.d.)”, “Um ami est – Les Amis (ca. 1840)”, “J’offrirai à monsieur (s.d.)”. Dele, há também o original de uma charge publicada no jornal Le Charivari, um dos principais veí­culos franceses no período. Cha­ma a atenção, ainda, uma série de trabalhos de artistas mais conheci­dos como pintores, como Edou­ard Manet, Eugène Delacroix, Francisco Goya, Henri de Toulou­se-Lautrec e Rembrandt van Rijn.

A gravura mais antiga em exibição na mostra é “Cristo car­regando cruz”, feita em 1475 por Martin Schongauer, um dos pri­meiros gravuristas de que se tem notícia. Vale ressaltar as ilustrações realizadas por Gustave Doré, no século XIX, para o livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri.

Sobre Marcos Moraes – Dou­tor em Arquitetura e Urbanismo (2009), graduado em Direito (1979) e Artes Cênicas (1987), com especialização em Arte Edu­cação e Museu, todos pela Uni­versidade de São Paulo (Usp). Atualmente é coordenador dos cursos de bacharelado e licencia­tura em Artes Visuais, bem como dos Programas Internacionais de Residência Artística (CitédesArts e Residência Artística FAAP), am­bos da Fundação Armando Alva­res Penteado (Faap).

Na Faap, também é docente (graduação e pós graduação) em História da Arte, Desenvolvi­mento de Projeto Integrado e é responsável pelos Seminários de Investigação Contemporânea, além de curador do Programa de exposição dos bacharelados em artes visuais, e das salas es­peciais com artistas convidados da Anual de Arte Faap. Integra o Conselho de Aquisição do MAB Faap e o Conselho Consultivo do MAM de São Paulo.

Coleção Itaú: acervo para to­dos os brasileiros – O Itaú conta com uma das maiores coleções corporativas de arte do mundo. Com mais de 15 mil peças, é cons­tituída com recursos próprios, sem uso da Lei Rouanet. Para garantir o acesso do público, o Itaú Cultural realiza mostras gratuitas em sua sede e pelo país e exterior.

Já realizou mais de 60 expo­sições vistas por mais de 1,7 mi­lhão de pessoas de mais vinte ci­dades do Brasil e em seis países, como Argentina e França. Parte da coleção está abrigada no Es­paço Olavo Setúbal, no instituto, em exposição permanente da Coleção Brasiliana, que reúne preciosidades das artes brasilei­ras desde o descobrimento.

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