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‘Gravidez precoce’ dispara na região

A cada dia, mais de seis crianças ou adolescentes dão a luz na região de Ribeirão Preto,em média. É o que aponta umlevantamento feito pelo Centrode Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação paraPesquisa e Desenvolvimento daAdministração, Contabilidade e Economia (Fundace), divulgadopor meio de seu Boletim de Saúde, em abril. O balanço traz as internações em 26 cidades da área de cobertura do DepartamentoRegional de Saúde (DRS-13) noperíodo de 2008 a 2017.

Foram 23.616 internações de crianças e adolescentes decorrentes de gravidez, partoe puerpério, sendo 22.347 deadolescentes entre 15 e 19 anos e 1.269 internações de meninas entre 10 e 14 anos. O número é considerado alto, com média de 2,36 mil por ano, 197 por mês esuperior a seis por dia. Cajurue Guariba lideram o rankingdas cidades que mais possueminternações decorrentes de gravidez, parto e puerpério entreadolescentes.

Nestas cidades, a cada dez mil habitantes, aproximadamente 2,5 meninas de 10 a 14 anos precisam ser internadaspor parto, aborto ou complicações na gravidez anualmente. As duas cidades também se destacam na faixa etária de 15 a 19 anos. Em ambas, a cada dez mil moradores, aproximadamente40 adolescentes nessas faixas etárias são internadas ao ano por gravidez, parto e puerpério.

Na cidade de Ribeirão Preto: foram 10.875 partos neste público, sendo 10.301 entre adolescentes de 15 a 19 anos, e 574 em meninas de 10 a 14 anos, com média geral de mil por ano, 90por mês e três por dia. O boletim indica, no entanto, que nemtodas as mulheres sejam da cidade, podendo ser oriundas deoutros municípios ou regiões,mas que buscaram internaçãoem Ribeirão Preto ou hospitaisda área do DRS-13.

“Esses números são alarmantes, visto que a gravidez nainfância e adolescência é considerada de risco, colocando em perigo a saúde da mãe e do bebêe prejudicando o futuro de ambos, afastando a mãe da escola ou mesmo pela falta de um ambiente adequado para o desenvolvimento da criança”, alerta o professor doutor André LucirtonCosta, que comandou os estudos.“Também se deve levar em consideração ainda o fato que partedessas gestações são resultadosde abusos sexuais e merecem atenção da Justiça e dos gestores da saúde”, completa.

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